Diversos fatores que colocam em risco o ciclo das águas no Pantanal, são estudados por instituições ambientais, para tentar amenizar impactos dos incêndios florestais na região. Segundo Cassio Bernardino, analista de Conservação do WWF-Brasil, ainda dá tempo do poder público colocar em prática estratégias para reverter a situação atual do bioma, que teve mais de 30% de área destruída em 2020.
"Perdemos grande parte da biodiversidade para o desmatamento, decorrente das queimadas. O desafio atual é reduzir os impactos ambientais das mais de 100 represas construídas na extensão dos rios, e que afetam o meio ambiente e a população local", afirmou Cássio.
"O Pantanal é totalmente dependente do subir e descer das águas, que vem da parte mais alta do país. Nos estudos realizados pela WWF-Brasil, os efeitos decorrentes do desmatamento são visíveis, mas ainda assim é possível everter o cenário atual com ações mais sustentáveis e de baixo impacto ambiental", destacou.
Ele ressaltou que o governo precisa elaborar um aparato permanente de combate às queimadas. "Devemos debater essas questões com mais seriedade, e conscientização", finalizou.