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Clima tenso entre "Tucanos" e prefeito da Capital

Adilson Trindade analisa situação atual pós eleições entre políticos do PSBD e PSD

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Após o veto à candidatura do professor João Rocha (PSDB) a presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, a relação dos tucanos com o prefeito Marquinhos Trad (PSD) estremeceu. Mas não há, por hora, sinais de rompimento porque outros interesses estão em jogo. Agora deve se analisar até onde essas ações do prefeito podem interferir numa eventual aliança no processo sucessório estadual. Trad joga como já se fosse adversário com articulações para fechar espaço aos tucanos.

O governador Reinaldo Azambuja não teria gostado nenhum pouco da falta de compromisso do prefeito com o PSDB. João Rocha foi barrado por Marquinhos para ser seu vice. Ele não queria nenhum tucano na chapa, e depois articulou nos bastidores para enfraquecer a candidatura de Rocha, que se movimentava para permanecer na presidência. Seria a terceira recondução consecutiva ao comando do Legislativo.

João Rocha, sem apoio político, decidiu renunciar à candidatura e bater de frente com Marquinhos. A chapa com Carlão (PSB), foi montada em comum acordo com o prefeito.
Ali na chapa não tem ninguém ligado aos aliados do PSDB. Só deu nomes com vínculo político ao prefeito. A exceção é o Dr. Loester (MDB). Marquinhos avalizou abrir espaço para um vereador do grupo do ex-governador André Puccinelli.

O fato é que o prefeito isolou o PSDB. O que interessa é apenas a parceria na execução de obras. O governo de Reinaldo Azambuja está investindo em grandes obras em Campo Grande em parceria com a prefeitura. Só que Azambuja não vê reciprocidade de Marquinhos e fechou as portas para o PSDB. Por ser partido do governador, imaginava-se a compreensão do prefeito em ceder, pelo menos a vice-prefeitura ou mesmo à presidência da Câmara Municipal. Não ficou com nenhuma vaga.