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Economia

Comércio já registra queda de 50% nas vendas

Avanço do coronavírus refletiu na economia, prejuízo chega a R$ 320 milhões

O surto do novo coronavírus, que surgiu em dezembro na China, infectou e matou milhares de pessoas ao redor do mundo, e a pandemia já chegou ao Brasil, afetando a produção e cadeias globais de suprimentos, fechou fronteiras, derrubou bolsas de valores, cancelou voos comerciais, eventos e, eleva temores de uma recessão global.

Pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio em parceria com o Sindivarejo de Campo Grande e Câmara dos Dirigentes Lojistas aponta que entre 2 e 19 de março o covid-19 causou uma perda de R$ 90 milhões na economia da capital e impactou a rotina das pessoas. 

Considerando uma persistência do atual cenário, o impacto em um mês é estimado em R$ 270 milhões para Campo Grande e mais de R$ 300 milhões no Estado, já levando em conta medidas adotadas  pelas prefeituras, em especial da capital, determinando a suspensão de atendimento presencial em estabelecimentos comerciais até 5 de abril, excetuando aqueles que exercem atividades consideradas essenciais, como supermercados, postos de combustíveis, farmácias, entre outros.

Mesmo sem decretos proibitivos, a queda da quantidade de pessoas nas ruas, e consequentemente nos estabelecimentos comerciais é visível. Até porque a recomendação do Ministério da Saúde, e da Organização Mundial da Saúde é para que as pessoas fiquem em casa e evitem aglomerações.

Dos empresários entrevistados, de acordo com a pesquisa da Fecomércio,  88% dos entrevistados informam queda nas vendas, estimando em 69,27% o declínio para os próximos dias. Empresários três-lagoenses também estimam queda de mais de 50% nas vendas nesta semana, se comparado as semanas anteriores após toda divulgação da pandemia do coronavírus.

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas, Fernando Jurado,  disse que a estimativa de prejuízo do comércio varejista local é de 40% a 50%.  E que algumas empresas, isoladamente começaram fechar as portas temporariamente, inclusive no shopping center de Três Lagoas. O shopping center  reduziu o horário de atendimento, das 13h às 20h.

Segundo o empresário e vice-presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes),  Fábio Renan Oliveira, levantamento da entidade aponta redução de 60% no número de clientes nos estabelecimentos comerciais desse segmento. O empresário disse que têm estabelecimentos que já começaram a reduzir o número de funcionários, a carga horária, ou dando férias coletivas.