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Comunicadores debateram a realidade da educação

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou na abertura do Encontro Nacional de Comunicadores MEC-Abert-Unesco, no Hotel Grand Bittar, em Brasília, ações educacionais que, na sua visão, permitem a democratização do acesso ao ensino de qualidade. O encontro reuniu, na quarta-feira (8), cerca de 300 profissionais de radiodifusão de todo o país, dentre eles o diretor-presidente do Grupo RCN de Comunicação, empresário Rosário Congro Neto. Eles estiveram na capital federal para saber mais sobre o andamento das políticas do Ministério da Educação.
“Só o ProUni colocou 473 mil jovens de baixa renda na universidade. O dado sagrado é que são jovens da periferia, e 40% deles, negros”, ressaltou o presidente, em relação ao programa Universidade para Todos. Lula disse que, antes da criação do ProUni, havia “um processo de perseguição das oportunidades” por parte dos jovens pobres, que não tinham condições de seguir os estudos na educação superior.
De acordo com o presidente, o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) também foi muito importante para promover o acesso de mais estudantes à educação superior. “Queríamos aumentar a relação professor-aluno, de 12 para 18 alunos por professor, e colocar seis jovens pobres a mais em cada sala de aula”, enfatizou. Lula lembrou que as medidas para aumentar o acesso à educação superior já resultaram no dobro de vagas de ingresso nas universidades federais. Hoje, são 227 mil.
O presidente também ressaltou a expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. “Essa medida estava proibida por lei. Em cem anos, criaram-se 140 escolas. Só este ano, vamos inaugurar cem”, comemorou. Até 2010, serão 214 novas unidades e 354 no total.
“Outra medida que me orgulha é a criação do piso (salarial) dos professores”, afirmou o presidente. “A valorização do professor é condição fundamental para melhorar o ensino.” Em relação à parceria entre o Ministério da Educação e a Associação Brasileira das Emissoras de Rádio de Televisão (Abert) para a realização do encontro, com a participação, também, da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Lula recomendou aos profissionais de rádio que tomem conhecimento das ações do MEC e cobrem do Poder Público os resultados, além de mobilizar as famílias na luta por uma educação melhor.
Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, a temática educacional vem ocupando cada vez mais espaço no rádio e na televisão, o que aumenta o grau de conscientização das famílias. “É impossível vencer a batalha por uma educação de qualidade num país de dimensões continentais como o Brasil sem interesse, envolvimento e mobilização das pessoas. Não há como fazer isso sem a mediação da radiodifusão”, disse.