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Comunidade científica discute rumos para o desenvolvimento da Bioenergia em MS

O seminário é promovido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac)

Comunidade científica, setor privado e órgãos de fomento estão reunidos em um seminário que acontece hoje (2), no Imasul, com o objetivo de definir bases para implantação do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento de Bioenergia em Mato Grosso do Sul. O seminário é promovido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac).

Segundo o secretário de Ciência e Tecnologia, Carlos Alberto Menezes, que fez a abertura do evento, o seminário é o primeiro passo para organizar ações para o setor de biocombustíveis – etanol e biodiesel – em Mato Grosso do Sul. “Reunimos a comunidade científica, o setor privado e órgãos fomentadores para discutir quais rumos Mato Grosso do Sul deve seguir para o desenvolvimento da ciência e tecnologia voltados para a produção de bioenergia.”

De acordo com Carlos Menezes, o propósito do seminário é receber as informações para que a comunidade científica estabeleça um consenso e indique os caminhos para Mato Grosso do Sul no que diz respeito ao etanol e biodiesel. “Mato Grosso do Sul será provavelmente o 2º, e, na pior das hipóteses, o 3º maior produtor de etanol do País,” afirmou Menezes.

A produção brasileira de etanol tem potencial para atender o mercado nacional e internacional. “É necessário discutir também questões pertinentes às exigências do mercado internacional”, salientou Carlos Alberto. Em março, segundo o secretário da Semac, os governos brasileiro e norte-americano realizarão um encontro para discutir políticas das Américas para o etanol.

O superintendente de Ciência e Tecnologia da Semac, João Onofre, apresentou os projetos que estão sendo implantados em Mato Grosso do Sul e que fazem parte do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento em Bioenergia do Estado. “O programa está recebendo recursos (Ministério da Ciência e Tecnologia e Finep) da ordem de R$ 2,7 milhões para início dos estudos e pesquisas em bioenergia em Mato Grosso do Sul,” afirmou João Onofre. Também foram investidos, com recursos do governo do Estado, R$ 620 mil na formação de pesquisadores em ciência e tecnologia, por meio da Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia (Fundect).

O Programa de Bioenergia tem, entre suas metas, produzir conhecimentos científicos e tecnológicos que possam diversificar a matriz energética do Estado e ampliar os horizontes da pesquisa científica do setor de bioenergia por meio da utilização de novas fontes de bioenergia, com sustentabilidade econômica, ambiental e social.

Participam do seminário o professor do Instituto de Recursos Naturais da Universidade Federal de Itajubá e consultor das Nações Unidas em temas energéticos, prof. dr. Luiz Horta Nogueira; o representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Denílson Ferreira; o representante da Petrobras, Marco Antonio Haikal Leite e o representante do Ministério da Ciência e Tecnologia, Adriano Duarte. Durante o seminário, que se encerra hoje às 17 horas, serão apresentadas a infra-estrutura física e os recursos humanos, bem como as linhas de pesquisa e projetos em bionergia nas seguintes universidades: UFMS/UEMS/UFGD/Uniderp/UCDB. Ao final do seminário, será indicado um comitê gestor temporário do programa de bioenergia no Estado.