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Discriminação contra LGBT é pouco denunciada

A reunião contou com a presença de mais de 50 participantes, entre estudantes de Serviço Social

O Centro de Referência em Direitos Humanos e Combate à Homofobia (Centrho) realizou, ontem (11) à tarde, a primeira edição do Espaço de Conversação, em que foi discutido o tema Direitos Humanos LGBT, com a presença do psicólogo Eder Ahmad Charaf Eddine e da presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MS, Delasnieve Daspet.

A reunião contou com a presença de mais de 50 participantes, entre estudantes do curso de Serviço Social de universidades de Campo Grande, representantes do Conselho Municipal de Educação, Guarda Municipal, Coordenadoria Municipal da Mulher, Secretaria de Saúde do Estado e de Organizações não Governamentais (ONGs) ligadas aos homossexuais.

A discriminação que sofre o público homossexual foi uma das questões abordadas durante o evento. De acordo com o coordenador do Centrho, nos três anos de existência da entidade foram recebidas apenas 20 denúncias. "Denunciar é se expor publicamente", afirma Leonardo Bastos ao explicar o baixo número de registros. "As pessoas preferem não denunciar para não sofrerem mais preconceito", conclui.

Para a representante da OAB a discussão é pertinente, pois "os homossexuais têm que ter os direitos garantidos na constituição", enfatiza Delasnieve, o que não ocorre. Segundo ela, ainda não existem leis específicas que tratem sobre o assunto. Os casos de discriminação contra homossexuais são tratados em leis genéricas, explica a advogada.

Bastos diz que governo do Estado tem desenvolvido ações para difundir a diversidade em Mato Grosso do Sul e tem o Centrho como referência para a população que sobre algum tipo de discriminação ou tem seus direitos violados. 

A entidade funciona na Casa da Cidadania (rua Marechal Cândido Mariano Rondon, 713 e recebe denúncias pelo telefone (67) 3324-0763.

O Espaço de Conversação acontece uma vez ao mês e aborda assuntos de interesse do público.