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Economia

‘Economia é feita de ação e reação’, afirma economista

Setores que não são considerados essenciais serão os mais prejudicados

Segundo o economista e professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Marçal Rogério Rizzo, os impactos negativos vão atingir todo mundo, afinal o coronavírus fez milhares de vítimas em diversos país. Os setores que mais podem sofrer impactos maiores, conforme o economista, são aqueles que não são considerados essenciais. 

“Em um cenário de incerteza e medo, as pessoas costumam postergar decisões relacionadas a compras e a investimento. Viagens, festas, jantares, eventos, passeios, compra de produtos que estão relacionados a realização de sonhos e desejos entre outros ficarão em situação de espera até um momento menos nebuloso. Isso repercutirá diretamente de alguma forma na economia local. Outro ponto é que o momento não é para ficar transitando, agora isso é um momento e passará. O que é temor de todos é o nível de emprego que poderá sofrer com a crise”, destacou.

Ainda segundo Marçal, a economia global roda em velocidade menor e as exportações podem sofrer impactos negativos. “Em que grau isso pode ocorrer não podemos afirmar. Economia é feita de ação e reação. Temos que ver como o mundo irá reagir a essa pandemia. Já houve situações parecidas, como a ‘peste negra’, a cólera, a tuberculose e a gripe espanhola, entre outras, em que se perderam milhões de vidas. Hoje, o ponto favorável é a informação, que pode ser utilizada a favor do controle da pandemia.

Possivelmente haverá uma retração mundial, e isto será um desafio aos governos, principalmente relacionado ao emprego e renda. O desemprego não traz renda, não gera consumo, não estimula a produção, não gera arrecadação, ou seja, não faz a economia rodar. O que teremos que trabalhar no futuro é com a manutenção do emprego e renda para fazer a economia rodar”, ressalta.