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Educação ainda exclui crianças indígenas

Crianças e adolescentes indígenas, quilombolas, com deficiência ou que vivem no campo são as que enfrentam mais dificuldade para ter acesso à educação


Relatório divulgado essa semana pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alerta que, embora a educação no Brasil tenha melhorado, a situação de alguns grupos ainda é vulnerável “quando se trata do pleno exercício do direito de aprender”.

Crianças e adolescentes indígenas, quilombolas, com deficiência ou que vivem no campo são as que enfrentam mais dificuldade para ter acesso à educação, segundo mostra o relatório Situação da Infância e da Adolescência Brasileira 2009 – O Direito de Aprender.
Segundo o Unicef, dados do Censo Escolar 2007 mostraram a dificuldade de progressão nos estudos das crianças com deficiências. “Enquanto 70,8% cursam o ensino fundamental, apenas 2,5% estão no ensino médio”.
O estudo destaca entretanto que houve um importante aumento de 597% no ingresso desses alunos em classes comuns do ensino regular entre 1998 e 2007.
Entre os indígenas e quilombolas, a principal deficiência é a infraestrutura inadequada das escolas e a baixa qualidade do ensino oferecido. No caso dos quilombolas, o Unicef destaca que as escolas estão frequentemente distantes das casas dos alunos e os professores em sua maioria não têm a formação adequada para atuar em sala de aula.