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Dieese

Em 12 meses, cesta básica fica 27% mais cara na Capital

Economista avisa que alimentos ficarão mais caros até o final de dezembro

Acesta básica ficou 27% mais cara entre os meses de outubro de 2019 e 2020 na Capital, segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical De Estatísticas E Estudos Socioeconômicos). Na média, cada consumidor gasta R$ 520,21 na aquisição de alimentos durante o mês.

Na variação entre os meses de setembro e outubro, o conjunto de alimentos essenciais na mesa do consumidor ficou 5,54% mais caro. O óleo de soja mais uma vez foi o item com a maior variação (20,75%). O preço médio do produto foi de R$ 6,74. Outros itens em alta, na comparação com o mês de setembro: arroz (18,91%), tomate (18,67%), carne bovina (8,28%), batata (7,78%), manteiga (2,48%), café em pó (2,44%), pão francês (2,07%), banana (1,31%). 

“Esses dados mostram coisas interessantes. Os produtos que mais encareceram neste período foram os ligados a commodities, como o arroz, a soja e carne. O primeiro fator que causou a alta foi a alta do dólar, a menor produção de alimentos no mundo, em relação ao mesmo período do ano passado, e tivemos também uma demanda maior dos produtos durante a pandemia, o pagamento do auxílio emergencial também influenciou”, explica.

Durante o final do ano, por contas das festividades do mês de dezembro, o consumo de alimentos tende a crescer, algo sazonal, mas que mantém os preços em alta. “Dezembro o pessoal tem uma injeção de capital muito grande com o 13º, as férias e outros. Então, com isso, as pessoas gastam mais”, completa. 

Valor da cesta básica para uma família, composta por quatro pessoas foi de R$ 1.560,36. A jornada de trabalho necessária para adquirir uma cesta básica: 109 horas e 30 minutos. Na ponta do lápis, o trabalhador que ganha salário-mínimo compromete 53,81% da renda com a alimentação.