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Emei Surian será a primeira escola bilíngue da capital

Outros dez proprietários com inadimplência de prédios e terrenos também negociam

“O Surian tem um histórico. É um imóvel que foi edificado sob o suor de um grupo vindo do Oriente e eles pediram para manter ao menos a arquitetura e é o que faremos”, ressaltou.

De acordo com projeto elaborado pela Secretaria de Finanças, com a ajuda de diversos técnicos e profissionais, o prédio irá manter suas características originais, preservando a arquitetura que se destaca entre os imóveis históricos da Capital.

Estrutura

A expectativa é que a Emei atenda 400 crianças, do berçário ao grupo 5, e terá espaço para amamentação, biblioteca, sala de multimídia, espaço lúdico e brinquedoteca.

A secretária Elza Fernandes frisou que a Semed está estudando um projeto para que esta seja a primeira Emei bilíngue da Rede Municipal de Ensino, a partir do grupo 3. “Para isso, precisamos que todos os professores que trabalham com os grupos 3,4 e 5 dominem a língua inglesa. O importante é que vamos oferecer mais vagas na Educação Infantil porque a demanda é grande na Emei “Eleodes Estevan”, que fica ao lado da prefeitura e a procura de vagas ali é muito grande”, ressaltou.

A secretária também confirmou que serão mantidas as exigências dos donos do imóvel, preservando o patrimônio arquitetônico, mas que serão feitas algumas reestruturações para atender os alunos, como o fechamento das piscinas, implantação de parquinhos e uma área verde.

Ele ainda explicou que, para que esta operação fosse concretizada. “Foi necessário alterar o Código Tributário Municipal para que a dação fosse possível. Também a partir da transferência de titularidade, o projeto de reforma do imóvel poderá ser cadastrado no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse do Governo Federal (Siconv), que é uma ferramenta online que agrega e processa informações sobre as transferências de Recursos Federais para órgãos públicos e privados sem fins lucrativos. Com isso, será possível receber emendas federais, garantindo os recursos necessários para a reforma”, explica Pedrossian Neto.

O presidente do antigo clube, Luiz João Chacha, disse que está satisfeito com o acordo porque uma reforma seria inviável aos sócios devido a deterioração do prédio. Ele calcula que a obra custaria, em média, R$ 3 milhões.

“A gente sabe que o patrimônio é maior, mas a reforma seria muito custosa. A venda também seria difícil já que são muitos associados. Vai ser bom para a comunidade, porque as mães terão mais uma escola no Centro para deixar os filhos”, pontuou.