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Emprego em fevereiro tem saldo positivo

O Ensino foi o setor com melhor desempenho e o pior, foi o da indústria

Foram criados em fevereiro 9.179  novos postos de trabalho com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). De acordo com o ministro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi, o saldo é pequeno, mas  positivo. O setor que apresentou melhor desempenho foi o de ensino, com 35.389 postos criados, e o pior foi o da indústria de transformação, com 56.456 demissões.

Segundo Lupi, março será o mês da virada para a criação de empregos no país. A previsão do ministro é que o saldo de contratações com carteira assinada no mês de março poderá ficar em 100 mil vagas.

De acordo com o ministro, os fatores que sustentam essa previsão estão ligados ao aquecimento do mercado interno, que continua muito forte. Com o aumento do salário mínimo, os assalariados e os aposentados e pensionistas, que são vinculados a ele, colocam alguns bilhões no mercado e começam a comprar, explicou Lupi. “Os estoques começam, então, a baixar e a gente começa a ver uma recuperação concreta.”

Conforme dados do Caged, em fevereiro deste ano, foram criados 9.179 postos de trabalho com carteira assinada. No mês, foram contratadas 1,23 milhão de pessoas e demitidas 1,22 milhão. Lupi admitiu que o saldo é pequeno, mas ressaltou que em todo o mundo as empresas continuam a demitir trabalhadores.

Em janeiro, o saldo foi negativo, com 101.748 trabalhadores demitidos. Em dezembro, as demissões somaram 654.946 e, em novembro, 40.821. Outubro foi o último mês no qual o saldo de contratações foi positivo, com a criação de 61.401 postos de trabalho.

O setor de ensino foi o que mais impulsionou o saldo para cima, com a criação de 35.389 vagas, o que representa crescimento de 3,02% em relação a janeiro. Lupi explicou que isso se deve ao fato de ser feita em fevereiro, no início do ano letivo, a maioria das contratações de professores. O setor de serviços de alojamento e alimentação também teve crescimento significativo, com 13.355 novos postos, o que significa alta de 0,29% em relação ao período anterior.

A maior queda foi nos setores ligados à indústria de transformação, com demissão de 56.465 trabalhadores. Nesse setor, o pior desempenho foi da indústria de material de transporte, com 12.986 postos de trabalho a menos, uma queda de 2,61%. No setor de metalurgia, também continuaram as demissões: em fevereiro foram cortadas 12.001 vagas, o que representa queda de 1,63%.