Doze empresas de Paranaíba firmaram convênio com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) para a ocupação de mão-de-obra prisional. Os termos de cooperação mútua foram publicados no Diário Oficial do Estado (DOE) de hoje (25), e estabelecem a contratação de internos em regime semiaberto e aberto na cidade, que receberão um salário mínimo pelos serviços prestados.
O salto no número de empresas interessadas em dar empregos a reeducandos deve-se, além do esforço da Agepen, por meio da Diretoria de Assistência Penitenciária (DAP) e da direção do Estabelecimento Penal de Regime Semiaberto de Paranaíba, ao apoio do juiz titular Francisco Vieira Andrade Neto, da Vara Criminal e da Infância e Juventude da Comarca, que incentivou aos empresários a darem oportunidade de trabalho aos internos.
Segundo o magistrado, a resposta dos empresários é excepcional e a impressão de sucesso da iniciativa é totalmente positiva. “Talvez seja o início, uma semente plantada, para que possamos alcançar conquistas para Paranaíba nos temas ressocialização de presos e segurança pública”, ressaltou. “No momento em que o preso tem possibilidade de ser reintegrado, tendo trabalho, oportunidade e condições de contribuir para o sustento de sua família, ele também tem dignidade para se sustentar e não terá necessidade de agredir a sociedade”, completou.
Dados do Sistema Penitenciário apontam que a oportunidade de emprego ajuda a diminuir sensivelmente o índice de reincidência criminal, já que, enquanto entre os internos que não trabalham o percentual é de cerca de 80%, o de reeducandos que estão empregados é de 5%.