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Empresas não têm interesse em comprar UFN 3 e fábrica pode virar sucata

Nenhuma empresa apresentou proposta e edital de venda da fábrica de fertilizantes de Três Lagoas foi prorrogado para 28 de março

UFN3 > Unidade de Fertilizantes Nitrogenados está paralisada desde 2014 - Arquivo/JP
UFN3 > Unidade de Fertilizantes Nitrogenados está paralisada desde 2014 - Arquivo/JP

A Petrobras encerrou 2020 sem nenhuma empresa interessada em comprar a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN 3), planta de Três Lagoas, paralisada desde dezembro de 2014. Sem interesse em seguir no ramo de fertilizantes, a estatal colocou a unidade à venda em setembro de 2017. Depois de alguns contratempos, com questionamentos do Tribunal de Contas e do Supremo Tribunal Federal, o processo de venda sofreu algumas paralisações, e foi retomado em fevereiro do ano passado.

A previsão era de até o final do ano passado, a estatal concluísse o processo de venda, e assinasse o contrato com a empresa vencedora do certamente. No entanto, segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, não houve o interesse de nenhuma empresa em adquirir a fábrica. A Acron Group, empresa com sede na Rússia, que manifestou desejo em comprar a unidade, comunicou que não tem mais o interesse na UFN3. Além disso, a Petrobras não recebeu nenhuma outra proposta.

Diante desta situação, o secretário informou que a Petrobras prorrogou o prazo do edital de venda, até o próximo dia 28 de março, para que empresas interessadas em comprar a fábrica entreguem suas propostas. Verruck disse que isso é importante para evitar todo o prazo que levaria para  a reabertura de todo processo de uma nova licitação.

O secretário adiantou também que manteve contato com o grupo russo na tentativa de que a empresa volte a se interessar pela compra da fábrica. Outra questão importante destacadas pelo secretário que pode facilitar na venda é que a Petrobras se propôs a fornecer o gás natural para o futuro comprador. Ou a própria empresa que vencer terá a opção de comprar. O gás natural é a principal matéria prima para o funcionamento da fábrica.

Verruck fez questão de ressaltar que, embora demorado, o processo de venda de um projeto desta dimensão, depende mais da condição de mercado, do que de vontade política. “Só haverá interesse na hora que alguém do mercado conseguir fazer a conta de que esse investimento dá retorno. Fora isso, podemos pressionar e discutir, mas não adianta. A Petrobras fez o papel dela, que  foi de colocar a fabrica à venda”, destacou.

O secretário destacou que esse é um ativo importante para o país e não pode deixar que fique sucateado. 

De acordo com o edital de venda, o potencial comprador, deverá ter capital superior a US$ 600 milhões.

As obras da UFN3 foram iniciadas em setembro de 2011, sendo interrompidas em dezembro de 2014, com avanço físico de 81% da conclusão