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Gasolina cara e sem concorrência

Nenhuma das grandes distribuidoras que operam no país, como Shell, Esso e Ipiranga, decidiu importar combustíveis para concorrer com a estatal

A Petrobras está vendendo o diesel e a gasolina 64% e 26%, respectivamente, mais caros que no mercado internacional, já descontado o câmbio e acrescido o frete, mas a estatal continua sem concorrentes internos. Nenhuma das grandes distribuidoras que operam no país, como Shell, Esso e Ipiranga, decidiu importar combustíveis para concorrer com a estatal.

Fora as compras da Petrobras, cresceu apenas a importação de derivados por pequenas companhias, que podem transformar subprodutos do petróleo em gasolina ou solventes após um processo industrial relativamente simples para os padrões das grandes refinarias. Uma dessas empresas, a Univen, importou, até 15 de março, cinco vezes mais que em janeiro. Mesmo assim, sua capacidade de produção representa menos de 0,6% do consumo local de gasolina.

Entre as razões para a não-importação pelas grandes distribuidoras estão a falta de logística e infraestrutura adequadas e o temor da reação da Petrobras.