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Governos regionais e setor esportivo paraguaio já apóiam Copa em Campo Grande

O próprio governo central do país, por meio do ministro de Esportes, Feliciano Javier Dacak Frutos, já manifestou entusiasmo e confiança nessa idéia

O pedido que o governador André Puccinelli faz hoje ao presidente do Paraguai para apoio a Campo Grande como subsede da Copa de 2014 conta com respaldo da colônia paraguaia residente no Estado e autoridades regionais de províncias e departamentos fronteiriços. O próprio governo central do país, por meio do ministro de Esportes, Feliciano Javier Dacak Frutos, já manifestou entusiasmo e confiança nessa idéia.

No dia 3 de fevereiro, Frutos e uma delegação de lideranças do Paraguai se juntaram às mais de 100 mil pessoas que recepcionaram a comitiva formada por inspetores da Fifa e membros da Confederação Brasileira de Futebol na última vistoria a Capital antes da decisão sobre as sedes do Mundial. André tem encontro com o presidente Fernando Lugo, hoje (17), em Assunção, para tratar do estreitamento de relações em diversas áreas da economia, cultura, turismo e integração rodoviária, e vai aproveitar para formalizar pedido de apoio a campanha “O Pantanal é Aqui e a Copa é Nossa”.

O prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, a convite do governador integra a comitiva e deverá reforçar o convite, considerando a proximidade e a integração que devem favorecer a presença dos paraguaios em Campo Grande, fortalecendo o fluxo de turistas.

O declarado apoio de autoridades políticas e do setor esportivo paraguaio se fortaleceu desde a visita da Fifa, quando a comitiva desembarcou na Capital disposta a mostrar que está unida aos brasileiros de Mato Grosso do Sul para garantir Campo Grande como subsede da Copa de 2014. No entusiasmo, os paraguaios exibem mais que apoio, e deixam claro que consideram o território sul-mato-grossense um pouco da própria casa.

A mobilização encabeçada pelo governador do Departamento de Amambay trouxe, além do ministro de Esportes, o governador do Departamento de Concepcion, Emilio Pavon, os intendentes municipais Jorge Martinez (Capitan Bado), Luiz Hermínio Acosta (Concepcion), e Blas Medina (Belen), e o cônsul paraguaio em Ponta Porã, Luis Andrés Sosa Larrosa.

Da Associação Paraguaia de Futebol – entidade que congrega os clubes e federações de todo o país – veio Paulo Reichardt, membro do Comitê Executivo. Na ocasião, o ministro Feliciano Frutos disse que todos no Paraguai tomaram consciência de que ter uma subsede nessa região é muito importante, não somente para os municípios ou departamento fronteiriços. Ele prevê que moradores de Assunção e de todas as regiões do país terão a chance de chegar até Campo Grande e viver a emoção de uma experiência como a Copa do Mundo. “Vejo aí uma questão social. Com uma subsede aqui, muita gente vai poder vir assistir aos jogos”, disse. Para ele, é uma oportunidade única de a população de um país que não sediará o torneio desfrutar do evento.

Futebol, integração e desenvolvimento

“O esporte está abrindo no Mercosul uma porta que talvez a política ainda não permitiu abrir”. A declaração do governador de Amambay, Juan B. Ramirez, durante a estada em Campo Grande, revela a importância que líderes do país vizinho atribuem a Copa 2014 no Brasil. Ramirez está animado com a mobilização bi-nacional que a campanha por uma subsede em Campo Grande vem produzindo e acredita que, confirmada a vitória e acontecendo o mundial, muitos frutos de integração econômica e social virão.

“Existe a questão da identidade cultural. O paraguaio e o sul-mato-grossense sentam pra tomar o tereré, pra dançar o chamamé. A gente se repara, mesmo que não fale a mesma língua”, ele cita, avaliando que esse potencial futuro de integração é tão importante quanto os ganhos imediatos de comércio e turismo que seu país poderá ter por estar próximo a um local de realização da Copa.

O governador do Departamento de Concepcion, Emilio Pavon, também vê muito mais que futebol na campanha pela Copa em Campo Grande. Ele acredita que a integração esportiva vai avançar para outros interesses comuns entre Brasil e Paraguai. A meta é ampliar a articulação para tornar possível a concretização dos planos de integração econômica que aproveitem o Porto de Concepción, promovam a interligação do país ao Pacífico e movimente a economia com o transporte de produtos brasileiros através de seu território.

Representante do clube “Dois de Maio”, da primeira divisão do futebol paraguaio, e membro do Comitê Executivo da Associação Paraguaia de Futebol, Paulo Reichardt já conta com a torcida residente em Mato Grosso do Sul a favor de sua seleção na Copa de 2014. Aprovada a subsede em Campo Grande, a entidade nacional de futebol pretende fazer gestões para que o Paraguai jogue aqui. “Se a seleção classificar, como a gente acredita que vai! Vamos ver se conseguimos que a chave do Paraguai seja aqui. Vai ser como jogar em casa”, comemora.