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Paralisação

Greve de caminhoneiros não deve ter grande adesão em MS

Protesto previsto para o dia 1º de novembro divide a categoria

Paralisação dos caminhoneiros está prevista para o dia 1º - Arquivo
Paralisação dos caminhoneiros está prevista para o dia 1º - Arquivo

Caminhoneiros de Mato Grosso do Sul ainda nao sabem se vão aderir a paralisação dos caminhoneiros em todo o País, prevista para o dia 1º de novembro. Profissionais da categoria em Mato Grosso do Sul estão divididos quanto à realização e adesão de participantes no manifesto. Entidades de representação nacional confirmaram nesta semana a greve desses trabalhadores como forma de resposta ao forte aumento nos preços do diesel e reivindicações de outras pautas.

No Estado, muitos apontam que a manifestação não deve ocorrer. A explicação estaria relacionada com o pequeno
número de simpatizantes à ideia, como afirma o presidente do Sindicam-MS (Sindicato dos Caminhoneiros em Mato Grosso do Sul), Osni Bellinati, que também é contra a iniciativa.

“Aqui no Estado não vai ter nada. E a gente vai combater de cabo a rabo. São pessoas que não estão interessadas no bem
comum da população. Pessoas que acham que, quanto pior, melhor. Isso é apenas 1% da categoria que compactua com
uma ideia louca dessa. Sempre tem aqueles ‘cabeça de alface’, que não têm nada no cérebro”, se manifestou.

O chefe do sindicato explica que o ato é inviável, pois existem diversos outros problemas além da alta do combustível, segundo ele. “Não é só o óleo diesel que aumentou, o pneu e a lona também. Aí, os caras querem fazer greve de três ou cinco dias, mas acabam afetando o abastecimento, como falta de gasolina, óleo diesel, arroz, feijão, prejudicam a produção e até podem ocorrer demissões”, disse.

No mês passado, a Petrobras anunciou o aumento do litro do diesel em R$ 0,22 nas bombas. Com o reajuste, o valor do combustível passou de R$ 5,00 nos postos de gasolina. A alteração do preço médio para as distribuidoras representou ainda um aumento de 9%, o que impactou em diversas atividades, como até mesmo os serviços de frete.

Paralisação nacional
Além de pedirem novas medidas da Petrobras para que haja redução no valor do diesel, os caminhoneiros devem manifestar-se com pautas relacionadas a valor mínimo do frete rodoviário e até aposentadoria especial para a categoria aos 25 anos de trabalho. Segundo lideranças à frente do ato, o Governo Bolsonaro tem até 15 dias para decidir condições melhores para a categoria.