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Indústrias de confecções apresentam defasagem de 40%

O Sindicato Intermunicipal das indústrias do Vestuário, Tecelagem e Fiação de Mato Grosso do Sul (Sindivest/MS) iniciou o ano trabalhando a questão da produtividade nas empresas do setor junto aos associados com a realização da palestra “Produtividade na Indústria de Confecção”. Na abertura do evento, o presidente do Sindivest/MS, José Veloso Francisco Ribeiro, ressaltou a importância do aperfeiçoamento da gestão no processo produtivo para a competitividade das empresas.
“É imprescindível que estejamos abertos a sugestões e mudanças no processo produtivo dentro das nossas empresas, porque é dele que vem os resultados, por isso nossa preocupação em capacitar empresários e colaboradores. Este é mais um mecanismo de incentivo real de que investimos no desenvolvimento da nossa indústria em Mato Grosso do Sul”, ressaltou Francisco Veloso, informando que o setor no Estado concentra hoje cerca de 460 indústrias que empregam cerca de 12 mil trabalhadores, sendo que cerca de 90% são micro e pequenas empresas.
O presidente do Sindivest/MS destacou que os gargalos na produção são mais latentes nas micro e pequenas empresas e, por isso, a preocupação da entidade em realizar palestras técnicas com o objetivo de levar aos empresários da indústria do vestuário informações sobre gestão, tecnologia, processo de produção, ações de mercado, entre outros. Ele adiantou ainda que o próximo evento será realizado no mês de março e vai abordar o tema “Licitações e Compras Governamentais”.

PRODUTIVIDADE

Consultor há 12 anos na área têxtil, o palestrante José Sotto explicou que a relação entre a capacidade de produção instalada e a realidade obtida pelas indústrias apresenta hoje déficits que chegam a 40%. “Precisamos o quanto antes buscar resultados mais positivos na nossa produção já que essa diferença entre o potencial e o obtido é da ordem de 30% 40%. Na maioria dos casos, isso geralmente acontece por falta de otimização dos processos de produção”, considerou.
De acordo com ele, os gargalos no processo de produção vão refletir diretamente no lucro final e na competitividade das empresas no mercado. “Por conta dessa evidente falta de resultado na produtividade, a queda nos lucros podem variar entre 20% e 25% e isso faz uma diferença enorme nesse mundo competitivo em que vivemos”, pontuou José Sotto.