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Infraestrutura manterá nível de atividade

Com a queda no nível de ocupação de capacidade, os projetos de expansão e de compra de máquinas permanecerão engavetados

Os projetos em infraestrutura e seus longos períodos de maturação fornecerão uma trilha segura para que seus fornecedores atravessem o período da crise em relativa estabilidade. A turbulência deve ser menor para segmentos que têm sua estrutura de negócios associada à produção de bens essenciais. Para Fernando Sarti, professor de economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), “a indústria automobilística vai patinar e o setor de alimentos deve manter o mesmo patamar”. A indústria de bens e serviços vai enfrentar dificuldades. Com a queda no nível de ocupação de capacidade, os projetos de expansão e de compra de máquinas permanecerão engavetados. Heitor Klein, da Abicalçados, acredita que, salvo algum acidente de percurso, a tendência do setor é de estabilidade. A entrada na nova coleção a partir de março deverá testar o ânimo dos compradores e o ritmo das encomendas. O presidente da Abit, Aguinaldo Diniz Filho, avalia que, se o Produto Interno Bruto (PIB) avançar entre 1% e 1,5% neste ano, a indústria têxtil pode crescer de 2% a 2,5%.Mas será possível uma expansão maior, caso o dólar se estabilize entre R$ 2,30 e R$ 2,35 e o governo consiga defender o mercado contra importações.