Veículos de Comunicação

Oportunidade

Merck paga US$ 41 bi pela Schering-Plough

O mercado agora aguarda também a aceitação da proposta da Roche pela Genentech

A crise financeira mundial levantou uma nova onda de consolidação no setor farmacêutico. Depois da compra bilionária da Wyeth pela Pfizer, em janeiro, ontem foi acertada a aquisição da Schering- Plough pela Merck por US$ 41 bilhões. Pressionados por custos crescentes com pesquisa e desenvolvimento e pela acelerada perda de patentes, em uma velocidade maior do que conseguem repor, os laboratórios partiram para a união de forças, como aconteceu nos anos 1990 — quando a Ciba-Geigy se uniu a Sandoz, dando origem à Novartis. O mercado agora aguarda também a aceitação da proposta da Roche pela Genentech. No caso da Merck, é esperada uma redução de US$ 3,1 bilhões em custos. Os reflexos dessa aquisição para o Brasil, no entanto, ainda não foram dimensionados. O diretor de assuntos corporativos da Merck no País, João Sanches, afirma que o Brasil não deve sofrer tanto, uma vez que é considerado um dos mercados importantes para a companhia, ao lado de Rússia, Índia, China, Polônia, Turquia e Coreia do Sul. “A estratégia para mercados emergentes deve ser mantida, com expectativa das vendas no País dobrarem em cinco anos”, diz. Em 2008, a Merck faturou R$ 470 milhões no Brasil, o que representa 1,2% do global. Com a união, a Merck passa do 12° lugar no ranking nacional para o sétimo. Nos EUA, a gigante só perde para a rival Pfizer.