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Movimento no comércio varejista cai em dezembro

O estudo apontou móveis e eletrodomésticos como setor que apresentou queda

Pelo terceiro mês consecutivo, o comércio varejista apresentou queda, registrando, em dezembro, -0,3% no volume de vendas e -0,6% na receita nominal, frente ao mês anterior, na série com ajuste sazonal, e acumulando taxa de -2,3% no volume de vendas nesse período. Os dados são de levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelando ainda que, na comparação com dezembro de 2007, o volume de vendas cresceu 3,9%, enquanto a receita aumentou 9,6 %. Com esses resultados, o volume de vendas do comércio fechou 2008 com elevação de 9,1%, enquanto a receita nominal cresceu 15,1%.
Na comparação dezembro 2008/novembro 2008, das oito atividades que compõem o varejo, quatro tiveram variações negativas, três atividades apresentaram taxas positivas e uma não teve variação: -3,7% em “Móveis e eletrodomésticos”; -3,7% para “Outros artigos de uso pessoal e doméstico”; -1,4% para “Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos”; -0,8% em “Combustíveis e lubrificantes”; 0,0% para “Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo”; 0,6% para “Tecidos vestuário e calçados”; 1,2% em “Livros, jornais, revistas e papelaria”; e 11,9% para “Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação”.
Já na relação dezembro 2008/dezembro 2007, sete das oito atividades do varejo obtiveram aumento no volume de vendas, cujas taxas, por ordem de importância no resultado global, foram: 3,5% para “Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo”; 4,5% em “Móveis e eletrodomésticos”; 35,6% para “Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação”; 13,6% em “Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos”; 6,5% para “Combustíveis e lubrificantes”; 3,3% para “Outros artigos de uso pessoal e doméstico”; 14,6% para “Livros, jornais, revistas e papelaria; e –6,3% em Tecidos, vestuário e calçados”.

RESULTADOS ANUAIS

O segmento de “Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo” registrou expansão de 5,5% no volume de vendas, em 2008, em relação ao ano anterior, resultado que o levou a responder por 29% da taxa anual do varejo. Este desempenho reflete, principalmente, o aumento do poder de compra da população, decorrente do aumento da massa de salário da economia (obtida pela melhora da renda e do emprego) e da expansão do crédito, conforme informações da Pesquisa Mensal de Emprego – (PME do IBGE) e do Relatório do Banco Central do Brasil.
A atividade de “Móveis e eletrodomésticos” exerceu, em 2008, o segundo maior impacto no resultado anual do Comércio varejista, sendo responsável por 26% da magnitude da taxa global, ao registrar variação de 15,1% no volume de vendas em relação ao ano anterior. “Outros artigos de uso pessoal e doméstico”, com o terceiro maior impacto na formação da taxa do varejo e responsável por 14% da sua magnitude, obteve em 2008 variação de 15,6% no volume de vendas em relação ao ano de 2007.
A quarta maior contribuição à taxa global foi da atividade de “Combustíveis e lubrificantes”, que apresenta resultado positivo no volume de vendas, ao registrar variação acumulada de 9,3% em 2008, com relação ao ano anterior. Este desempenho deve-se, basicamente, à estabilidade dos preços (0,55% no ano, segundo o IPCA), aliado ao crescimento da economia, que refletiu principalmente no aumento de vendas de veículos novos e no aumento da frota.