Mato Grosso do Sul encerrou 2020 com um dado preocupante, de janeiro a 31 de dezembro, 39 casos de feminicídio foram registrados no estado. O número representa maior alta desde 2016, quando os dados começaram a ser contabilizados pela secretaria de estado de segurança pública. Campo Grande registrou 11 mortes, aumento de 120%. Em quatro anos, 163 mulheres foram assassinadas em MS, sendo 11 apenas em campo grande no ano passado.
Conforme a delegada Titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) o aumento nos casos de violência doméstica em 2020, se deve à pandemia do coronavírus. “A diminuição no transporte coletivo e o fato dos filhos estarem em casa devido à suspensão das aulas presenciais, são fatores que influenciam na dificuldade de acesso dessas mulheres aos órgãos de denúncia”, afirmou.
Assim como a Deam, a Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande realiza atendimento às vítimas de violência doméstica, pelos telefones 190 e 180. No site https://www.naosecale.ms.gov.br/dados-ms/, tem mais informações. O atendimento presencial pode ser feito na rua Brasília, Lote A, Quadra 2 s/n – Jardim Ima, Campo Grande – MS, 79102-050, 24 horas por dia.
Auxílio
A Subsecretaria de Políticas Públicas para as Pulheres (SPPM), lançou em agosto/2020 a cartilha virtual “violência contra a mulher não tem desculpa! Capacitando para o enfrentamento à violência” que conta a história de luta da maria da penha, contextualiza a lei nº 11.340/2006.
No documento o programa “maria da penha vai à escola”, traz orientações sobre o que está previsto na legislação, com destaque aos primeiros artigos, que explica os cinco tipos de violência previstos, as medidas protetivas de urgência e o ciclo da violência, informando onde e como denunciar.
O material também traz um quizz sobre relacionamentos abusivos e uma relação de endereços dos órgãos de atendimento à mulher em situação de violência, com fluxogramas para ilustrar os protocolos.
“A cartilha tem linguagem de fácil interpretação e foi lançada de forma virtual exatamente para ser enviada por e-mail, em redes sociais e grupos de whatsapp, atingindo gratuitamente e com celeridade profissionais da rede de enfrentamento à violência e todas as mulheres sul-mato-grossenses”, explica a subsecretária de estado de políticas públicas para mulheres, Luciana Azambuja.