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MS é rota de tráfico de humanos para indústrias de bijouterias

A exploração de estrangeiros, principalmente bolivianos, para trabalhar clandestinamente em situações idênticas a de escravidão

O Mato Grosso do Sul está servindo de rota para o tráfico de seres humanos para mais uma indústria dentro do território brasileiro.

A presidente do Instituto Brasileiro de Inovações pró-Sociedade Saudável, Stela Scãndola, revelou hoje durante a reunião promovida pelo Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e pelo deputado Pedro Kemp (PT), no Plenarinho da Assembleia Legislativa, que homens e mulheres de países vizinhos estão cruzando a fronteira seca de Mato Grosso do Sul para trabalhar ilegalmente na indústria de bijouterias em São Paulo.

A exploração de estrangeiros, principalmente bolivianos, para trabalhar clandestinamente em situações idênticas a de escravidão em confecções na capital paulista já era um problema conhecido, mas esta seria uma nova situação a ser enfrentada.

Relatório divulgado este ano e elaborado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes, com base em dados de 155 países, revela que em 2006 foram recuperadas 21.400 vítimas do tráfico de pessoas.

Esse número representa, no entanto, menos de 1% dos 2 milhões de seres humanos suspeitos de serem vítimas desse crime. O documento é considerado a primeira avaliação global do fenômeno do tráfico de pessoas e das medidas que foram adotadas para combatê-lo.