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MS expande capacidade de geração energética e aguarda novos investimentos

Para o governador, a concretização de investimentos desse porte tem significado especial num momento de crise

Mato Grosso do Sul ganhou o reforço de mais duas unidades geradoras na luta para elevar sua produção de energia elétrica e obter a autosuficiência. A expansão da geração elétrica, uma das metas da política de desenvolvimento do governador André Puccinelli, deu passos significativos com a entrada em operação das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) Buriti e Porto das Pedras, pertencentes à empresa Atiaia Energia, instaladas na região entre Chapadão do Sul e Água Clara, no nordeste do Estado. “Até 2010 Mato Grosso do Sul se tornará autosustentável na produção energética, e queremos ser exportadores para outras regiões do Brasil”, disse André. Para o governador, a concretização de investimentos desse porte tem significado especial num momento de crise. “Hoje em dia não está muito fácil empreender, vivemos um tempo de falta de crédito. Por isso o momento é de agradecer a quem empreende, ante as perspectivas econômico-financeiras ainda oscilantes”, ressaltou.

Inaugurada oficialmente hoje (6) pelo governador, o presidente da Atiaia, José Roberto Faro, e o presidente do grupo Cornélio Brennand, dono da empresa, a PCH Buriti, assim como a Porto das Pedras, aproveita o potencial do Rio Sucuriú para ativar as turbinas e gerar cerca de 220 Megawatts por ano. A unidade tem potência instalada de 30 Megawatts hora/ano. Na Porto das Pedras, que também já está ativa, a produção anual chegará a 204 MWh/ano, graças a capacidade instalada de 28,03 MW.

O projeto da usina Buriti se tornou realidade graças ao Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), criado em 2002, pelo qual o governo federal quer diversificar a matriz energética brasileira. Para isso, garante um importante estímulo a quem quer investir na geração: a compra pela Eletrobrás da energia produzida. A garantia é de aquisição de 1.100 MW de cada uma das fontes – eólica, biomassa e PCHs- , que não poluem como as geradoras que usam combustíveis fosseis e nem causam grande impacto ambiental como as mega hidrelétricas.

Construída com investimento de R$ 135 milhões, a usina Buriti poderia abastecer uma cidade de 125 mil habitantes. “O equivalente a umas seis cidades de Chapadão”, compara o diretor da Atiaia Energia, Luiz Otavio Klobitz. Segundo o empresário, a meta do grupo é chegar a 20 PCHs no Centro-Oeste, o que significa que vêm por aí novos projetos para Mato Grosso do Sul. “Os rios nessa região têm boa afluência, são muito grandes as oportunidades de construção de outras unidades geradoras”, disse, revelando que a empresa ainda nem atingiu metade de mata de alcançar o potencial instalado de 500 MW.

Ao lado das condições naturais, o que também favorece os investimentos no setor é a política de apoio do governo do Estado.“O empresário observa muito o estado que vê com bons olhos o empreendedor, que facilita sua vida”, ressaltou Klobtiz. “Em Mato Grosso do Sul encontramos um governador que não somente diz ‘bem-vindo’ por dizer; diz por saber o que o empreendimento realmente representa”, comemora.

Para as prefeituras de Água Clara e Chapadão do Sul, a expectativa de que as pequenas hidrelétricas impulsionem o desenvolvimento é grande. Cada município deverá receber um incremento de aproximadamente 10% na receita de ICMS.

Após inaugurar a PCH Buriti e lançar a construção de uma ponte na região, o governador seguiu para Água Clara, onde inaugura daqui a pouco obras viárias.

Participaram da cerimônia também os deputados Waldemir Moka, Jerson Domingos e Diogo Tita, acionistas do grupo Cornélio Brennand, representantes da Enersul e os prefeitos Jocelito Krug (Chapadão) e Edvaldo Queiroz (Água Clara).