Okinawa Sobá, parabéns Campo Grande

Em 1966, a Feira Central ganhou força ao mudar-se para a rua Padre João Crippa, um lugar mais fresco e confortável, ganhando um caráter familiar, onde as famílias, à noite, compravam suas verduras, legumes e frutas. Sempre que íamos fazer feira, sentávamos numa das barracas, comiamos o sobá e a carne de granito e filé cortada em cubinhos e servida num espetinho de madeira acompanhada de mandioca e shoyu. Nos anos 2000, a prefeitura transferiu a feira para a antiga rodoviária, no centro da cidade. A mudança polêmica, até hoje traz saudades do velho lugar, muito mais parecido com um espaço que serve comida de rua asiática do que o que temos hoje. Embora permaneçam tradicionais barracas como: a Tókio, da Níria e da Jadi, dentre outras. Eu sei que a comida de rua asiática ainda vigora em nossa capital, resistindo ao tempo e perpetuando cultura para as presentes e futuras gerações, e em vários bairros da cidade permanece o movimento das feiras de rua que servem sobás e espetinhos. Uma alegria pro olfato, visão e paladar. Só quem frequenta as feiras é que sabe! A receita de sobá do meu livro: Cozinha pantaneira, comitiva de Sabores é do Jean Haddad, conterrâneo que, desde 2006, serve o prato no restaurante Sobaria, na Vila Mariana, em São Paulo.

Parabéns Campo Grande e viva nossa cultura que contém traços e sabores de distintos lugares do mundo.