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Efeito Corona

Para driblar crise, lojistas do centro vão oferecer delivery de produtos

Levando ao pé da letra aquele ditado que diz: “se maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé”, empresários apostam em novidades

O momento é de crise para os lojistas do centro de Campo Grande com a pandemia do novo Coronavírus. Com medo de contaminação, as pessoas não estão saindo de casa para comprar, o que diminuiu drasticamente o volume de vendas das lojas. Para driblar o momento crítico, lojas dos mais diversos segmentos estão apostando nas vendas pela internet e telefone com entrega delivery.

Levando ao pé da letra aquele ditado que diz: “se maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé”, Djalma Santos, responsável pelas lojas Beco Acessórios, já iniciou a modernização nos estabelecimentos para passar a oferecer o serviço de delivery aos clientes, que poderão comprar pela internet e telefone e receber sem sair de casa.

“Começamos ontem esta atualização. Cadastramos Pag Seguro, separamos WhatsApp para receber demandar. Separamos também funcionário para atender estas demandas, se o cliente não vem a loja, vamos levar a loja até eles”, explica.

Muito comum em restaurantes, farmácias e lojas de materiais de construção, o delivery pode ser a luz no fim do túnel para amenizar as perdas. Ainda segundo Djalma, o momento é de reinvenção. Ele ainda faz um balanço comparando a situação com a vivida no ano passado. “Nem no pior dia do Reviva perdemos tanto quanto agora. As vendas presenciais caíram de 80% a 90%. É uma coisa fora de tudo que poderia ser estimado e previsto. A obra virou café pequeno perto disso”.

Com espírito brasileiro de enfrentar tudo sem desistir de nada, Djalma afirma que é preciso apostar, mesmo que seja em algo pouco conhecido. “A gente precisa tentar diferenciar. Agora é hora de inovar, apostar em produtos novos. De levar aos clientes em suas casas, o que eles teriam aqui no Centro”.

Rosberg Lopes, proprietário da Império Modas, também sentiu a queda brusca no movimento na última semana. Ele já utilizava as redes sociais para expor seus produtos e considera que o delivery é uma possibilidade muito atrativa agora.“Nossas vendas caíram bastante, se continuar do jeito que está, seria muito bom apostar no delivery. Talvez até postar mais fotos nas redes sociais para mostrar mais nossos produtos”, comenta.

Situação difícil

A CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) já busca junto a concessionárias de energia, água, empresas de telefonia e poderes o parcelamento de contas e encargos. Ontem (17), o presidente da CDL, Adelaido Vila, e representantes da Fecomércio (Federação do Comércio de Mato Grosso do Sul) se reuniram com o prefeito Marquinhos Trad para para discutir alternativas a fim de minizar os possíveis efeitos provocados pelo avanço do coronavírus.

Eles cogitam mudar o horário de funcionamento do comércio. A medida resultaria na redução do fluxo de pessoas nos terminais e no transporte coletivo em horários de pico. Segundo o prefeito, o momento agora é de união.

“É uma situação nova que pelo cenário mundial mostra que a gente precisa agir de maneira enérgica. Portanto é preciso que todos estejam juntos nesse processo, porque não basta o Poder Público tomar as medidas se todos não colaborarem”.