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Petróleo deixa o Brasil mais próximo dos EUA

O trabalho conjunto entre a estatal brasileira e as petrolíferas dos Estados Unidos, que resulta em reservas de até 20 bilhões de barris oriundos apenas dos poços já estimados

A ExxonMobil, gigante norte-americana, prepara-se para extrair, de um único poço situado na camada do pré-sal – localizado nas águas profundas da bacia de Santos -, até 8 bilhões de barris, ou seja, mais da metade das reservas atuais do Brasil, de 14 bilhões de barris. A estimativa para o campo da Exxon, batizado de Azulão-1, foi revelada por Luiz Lemos, um dos sócios do escritório de advocacia brasileiro TozziniFreire advogados, que representa petrolíferas estrangeiras no País. “Esse poço é muito grande”, afirma Lemos, referindo-se ao Azulão-1, que pode ter a mesma quantidade de petróleo do campo vizinho de Tupi, o mais famoso poço da camada pré-sal, com potencial para produzir de 5 a 8 bilhões de barris, segundo estimativa da Petrobras.

A Exxon é a operadora do Azulão-1, com 40% do campo, mas tem a também norte-americana Hess (outros 40%) e a própria Petrobras (20%) como sócias.

O trabalho conjunto entre a estatal brasileira e as petrolíferas dos Estados Unidos, que resulta em reservas de até 20 bilhões de barris oriundos apenas dos poços já estimados — Tupi, Iara e Azulão-1— pode ser o início de uma importante parceria entre os países. A necessidade de os Estados Unidos em reduzir sua dependência do óleo venezuelano, em função dos conflitos políticos com Hugo Chávez, pode culminar num acordo comercial que transforme a região do pré-sal em grande fornecedora de petróleo para o mercado norte-americano.

Ainda na questão sobre combustíveis, durante a primeira reunião realizada entre Obama e Lula no último sábado, em Washington, os presidentes debateram o protecionismo norte-americano em relação ao etanol brasileiro, que sofre tarifa de US$ 0,54 para cada galão exportado do Brasil para os EUA.