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Portugueses pedem análises do solo de MS

O grupo pediu 400 análises de solo do Estado para subsidiar os estudos e sinalizar qual a melhor região para a instalação de uma planta industrial

A Portugal Celulose, uma das gigantes da indústria de papel e celulose no mundo, ao lado da americana International Paper e da brasileira VCP, deve definir em 90 dias se vai instalar fábrica em Mato Grosso do Sul e qual será o volume de investimentos.

O grupo pediu 400 análises de solo do Estado para subsidiar os estudos e sinalizar qual a melhor região para a instalação de uma planta industrial. A Protucel deve escolher entre Brasil e Uruguai.

Se a escolha recair pelo Brasil, Mato Grosso do Sul será o estado, até pela posição que conquistou com a implantação do polo que uniu os ativos da International Paper e Votorantim na região Leste do Estado. A IP optou por MS em razão da alta capacidade produtiva, capaz de desenvolver eucalipto em menor prazo e maior índice de produtividade.

O governador André Puccinelli retornou da viagem a Portugal confiante. “Dentro de 90 dias poderá sair uma decisão da empresa. Mas estamos acreditando no interesse por conta da profundidade dos dados pedidos pela Portucel”, disse o governador, notando que além das 400 análises do solo sul-mato-grossense, o grupo pediu informações sobre logística, rodovias e mão-de-obra.

“Um grupo industrial como eles [Portucel] que pede detalhes minuciosos do Estado, e indicações de outras empresas, dados do solo, das hidrovias, rodovias, está claramente interessado em se instalar aqui”, conclui Puccinelli.

Segundo o governador, quatro cidades estão na área de influência da região onde a Portucel poderia se instalar – Brasilândia, Bataguassu, Santa Rita do Pardo e Anaurilândia. Puccinelli disse que a decisão vai representar investimentos da ordem de R$ 2 bilhões e geração de 2.300 empregos diretos, e outros 15 mil indiretos.

A Portucel iniciou a produção de celulose em 1984, e de papel em 1991. A intenção da empresa é construir duas novas fábricas fora de Portugal, podendo ser em Moçambique, na África; no Uruguai, e no Brasil. “Se uma delas for no Brasil, Mato Grosso do Sul tem estrutura para recebê-la”, garantiu Puccinelli.