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Presença de missões estrangeiras revela interesse de países em investir no MS

Nesta semana, chegou ao Estado uma missão coreana formada pela Corporação de Desenvolvimento da Comunidade Rural e Agricultura

A presença de missões estrangeiras em Mato Grosso do Sul revela o interesse de outros paises no desenvolvimento e nas potencialidades do Estado, que tem localização geográfica estratégica na América do Sul e logística favorável à exportação. Somente este mês, o governador André Puccinelli recebeu duas missões, que estiveram visitando municípios e realizando pesquisas para futuros investimentos em diversos segmentos econômicos. No segundo semestre, uma delegação do governo do Estado irá para a China, com objetivo de divulgar Mato Grosso do Sul e atrair investimentos. Também está sendo esperada a vinda de uma missão da Portugal Celulose (Portucel) ao Estado.

Segundo o governador, “o interesse maior das delegações estrangeiras coincide com as principais vertentes de investimentos que Mato Grosso do Sul oferece e tem interesse como agroenergia, infraestrutura, turismo, celulose e agronegócios”. Esses, conforme Puccinelli, são os segmentos que mais têm despertado interesse e esclarecimentos por parte das missões. “Mato Grosso do Sul tem uma política firme e agressiva de incentivos fiscais para atrair investimentos. Queremos fazer valer nosso potencial econômico, nossa importância geopolítica, mas também nossa vontade política de assegurar progresso, atraindo investimentos para gerar empregos”, afirma.

Nesta semana, chegou ao Estado uma missão coreana formada pela Corporação de Desenvolvimento da Comunidade Rural e Agricultura, junto com as instituições de agricultura representativas da Coréia. O grupo de mais de 12 pessoas esteve com o governador, em seu gabinete, depois de já ter participado de reuniões técnicas na Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria Comércio e Turismo (Seprotur).

 

A missão foi in loco a indústrias de diversos ramos, como o Frigorífico Bertin, o maior do Brasil, e a usina de álcool e açúcar do Grupo Louis Dreyfus, em Rio Brilhante. O chefe da delegacão, professor Wanbae Kim, da Seoul National University, afirmou que Mato Grosso do Sul agrega praticamente todas as áreas de interesse dos coreanos: soja, milho, carne, celulose, açúcar e etanol. Um dos objetivos da Coréia do Sul é viabilizar caminhos que tornem mais ágeis as importações.

 

Também esteve com André, nesta semana, uma missão da China composta por diretores da empresa Potevio, especializada em sistema de informações. Após a apresentação dos projetos prioritários pelo governador, o diretor da Potevio, Wen Nan Yan, disse que todos os projetos interessaram à empresa e à China. “Vejo grandes oportunidades de investimentos”, avaliou ele, lembrando que a China disponibilizou US$ 40 bilhões para investimentos no Brasil.

 

            Portucel

           

            No segundo semestre, uma missão deve vir ao Estado. As negociações com a Portucel para a instalação de uma indústria do porte da Votorantim Papel e Celulose (VCP), em Três Lagoas, estão na fase final. No mês passado, o governador André Puccinelli foi até Portugal onde apresentou à empresa os dados solicitados. A Portucel deve definir até setembro sobre a instalação da fábrica no Brasil. “Mostramos que, no Brasil, Mato Grosso do Sul é o melhor estado para receber esse investimento, seja em logística, seja na importância geopolítica”, afirmou André.

A Portucel solicitou cerca de 400 análises do solo sul-mato-grossense, além de informações sobre logística, rodovias, mão-de-obra, itens tidos como essenciais para instalação de uma indústria. “Um grupo industrial como eles que pede detalhes minuciosos do Estado e indicações de outras empresas, dados do solo, das hidrovias, rodovias, está claramente interessado em se instalar aqui”, avaliou o governador.

De acordo com Puccinelli, caso se instale em Mato Grosso do Sul, a empresa poderá gerar algo em torno dos 2.300 empregos diretos e outros 15 mil indiretos. “Estamos otimistas em receber este grande investimento de bilhões de reais no Estado. A Portucel é uma das poucas empresas europeias que não sofreram com a crise”, frisou.

A Portucel iniciou a produção de celulose em 1984, e de papel em 1991. A intenção da empresa é construir duas novas fábricas. No ano passado, executivos da empresa estiveram em Mato Grosso do Sul para conhecer o potencial do Estado, resultado direto do contato iniciado por André durante viagem a Portugal.