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Protesto na USP tem confronto entre PM e manifestantes

Um estudante foi preso por jogar pedras contra a PM

Balas de borracha, bombas de efeito moral e gás de pimenta foram usados pela Polícia Militar contra manifestantes na Universidade de São Paulo (USP) por volta das 17h desta terça-feira (9). Um estudante foi preso por ter jogado pedras contra os policiais. Às 18h, o  tumulto no campus da universidade ainda era grande.

Mais homens foram deslocados para o local para dar reforço policial. Uma ambulância também está na Cidade Universitária.

O confronto começou logo após o acesso à universidade ter sido liberado, por volta das 17h desta terça-feira (9). O cruzamento da Rua Alvarenga com a Avenida Afrânio Peixoto chegou a ficar interditado por cerca de uma hora e meia.

O grupo, formado por algumas centenas de pessoas, seguia para a frente da Reitoria da universidade, onde deveria acontecer uma nova assembleia.

No entanto, muitos tentam se refugiar atrás de árvores para tentar se proteger da polícia.

 

Uma funcionária que tentou dialogar com os policiais sobre a razão dos ataques recebeu gás de pimenta no rosto. "A gente só pediu para conversar, mas eles não querem", disse Solange Francisco, de 45 anos.

No início da tarde, os servidores, que estão em greve há mais de um mês, e os estudantes já haviam se reunido em frente à reitoria.

 

Com carro de som e cartazes, eles reivindicam a saída da Polícia Militar da universidade, presente no campus desde a semana passada, e a reabertura de negociação salarial com o Conselho de Reitores das Universidades Paulistas (Cruesp), interrompida no último dia 25. Estudantes também protestam contra a oferta de curso à distância pela universidade. A Reitoria da USP diz que só volta a negociar com o fim dos piquetes.

 

O Fórum das Seis, que reúne entidades sindicais de professores e funcionários das três universidades paulistas (USP, Unicamp e Unesp) também havia dito, por meio de nota, que a decisão de manter os policiais nas portarias dos prédios para garantir o livre acesso é uma tentativa de “intimidar o movimento social”.