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Qual a pior? A crise econômica ou política?

GRAVE – com tendência à gravíssima! É a situação da maioria das nossas prefeituras.  Quase sempre a culpa não decorre de má gestão e sim do Governo Federal, que além de tirar-lhes várias fontes de renda – ainda repassou-lhes vários encargos.

O IDEAL seria administrar  a cidade como empresa. Mas como?  Impossível; sejamos sensatos.  Ela é fruto da ação política que envolve múltiplos interesses. Aplique essa concepção em qualquer cidade brasileira e concluirá pela utopia.

INSISTO  A culpa é do eleitor que pecou na escolha e do prefeito que exagerou nas promessas para se eleger. A reflexão inevitável: vale a pena tantos desgastes para massagear o ego sentado no ‘trono municipal’?  Os ônus superam os bônus.

INCOERÊNCIA   Nas  conversas com lideranças do interior constato, que apesar  da situação ruim, das perspectivas preocupantes, dois ou três nomes já  são citados como pré-candidatos à prefeito de algumas cidades. Seriam eles masoquistas?

AYACHE   Será candidato a prefeito da capital por qual grupo? Qual seu destino após 13 anos no PT? Ele se livrará do estigma do partido do Zé Dirceu, Vaccari e Genoíno? Quais lideranças de peso agregarão?  Questões que já se discute por aí.

A CANDIDATURA de Ayache estaria alicerçada em qual segmento eleitoral? Essa questão  é interessante, pois deixando o PT presume-se que perca parte dos votos que obteve em 2015. Aí terá buscar novos nichos e apoiamentos emblemáticos.

É POSITIVO  o surgimento de novos nomes, mas construir uma liderança é  difícil, exige uma série de atributos e sorte. Ayache está tendo coragem de ousar, mas o seu discurso será determinante. Igual ao cantor calouro; se errar no tom, dança!

O MESMO!  O ex-governador André ocupando espaços, atrai a mídia e capricha nas colocações pronominais. Foi  a presença surpresa na posse da Acrissul;  até conversou com Jonathan Barbosa com quem as relações estavam estremecidas. Só ele.

DE PLANTÃO?  Dependendo do quadro, dos candidatos e da situação administrativa da capital, André poderia mudar o discurso. Esperto, se posta de articulador do PMDB mas aproveita para observar. Mais que provado: não é adepto da ociosidade.

JANELA PARTIDÁRIA  É proposta de emenda a Constituição, precisa da aprovação de 1/3 do Senado, onde os  pequenos partidos não  tem tanta força como na Câmara. Os grandes partidos não tem interesse nela e hoje seria reprovada. 

O MOMENTO   político é de expectativa no Planalto por conta da guerra entre Eduardo Cunha e Dilma. Os desdobramentos são imprevisíveis, mas pode contaminar algumas votações no Senado, entre elas a abertura da ‘janela da salvação’.

 O RELÓGIO   De olho nele, os deputados Beto Pereira, Elizeu Dionízio e Marcos Trad querem mudar de partido para viabilizar seus projetos pessoais. Sem essa janela, terão recorrer à justiça, morosa e complicada. Aí nada é garantido.

O ENTRAVE   O dinheiro dos depósitos judiciais e administrativos que os Estados e municípios poderão usar por força da Lei Complementar nº 151, pode ser barrado pelo STF que analisa a ADIN proposta pela Associação de Magistrados Brasileiros.

AS RAZÕES: Para a entidade, esse dinheiro dos depósitos, se repassado aos Estados e Municípios, na forma prevista, não teria garantida a sua devolução no prazo desejado, obrigando a parte prejudicada recorrer ao Judiciário. Mais um pepino.

O PLANALTO  faz cortesia aos Estados e municípios com o dinheiro que não é seu e que um dia voltará aos donos. Aliás, o Governo Estadual  torce para que essa medida seja implementada reforçando seus cofres. Uma chuva em plena estiagem.

PREOCUPAÇÕES  Por onde passa  ele agrada. Mas Azambuja sabe: não se governa só com discursos. A retração econômica pode azedar esse  2º semestre com direito a 13º inclusive. Sem contar os inevitáveis movimentos por reajustes salariais.

DESAFIOS  Pagar fornecedores, dívidas de empréstimos, salários, duodécimos aos poderes, garantir  dinheiro das emendas parlamentares, investir em obras/ações e pagar precatórios. Pela lista a gente conclui: governar o Estado não é fácil.

LEGAL’  Dilma ferra a maioria dos patrões com o aumento da carga tributária e poupa a indústria automobilística.  É a compensação pelas doações delas – por baixo do pano – aos políticos nas eleições? A ‘Lava Jato’ deve comprovar essa barbaridade.

SOMBRIAS as previsões. Até funerárias estão demitindo. Pode? Se supermercados  (vendem comida) enxugam o quadro e fecham mais cedo, o que esperar com aumento de impostos? E o governo continua gastando adoidado. Quanta incoerência.

AS PLACAS  de ‘aluga-se ou vende-se’ resumem bem a situação do brasileiro que busca  as duas saídas para tentar resolver seus problemas. E as taxas de juros estão nas alturas confirmam que aquela ‘marolinha do Lula’ virou tsunami.

NA CAPITAL A interpretação do quadro prefeitural varia segundo as conveniências e a ótica de análise. Para alguns – quanto pior, melhor!  Há dois aspectos: o político que envolve a Câmara  e o de ordem legal à cargo do Judiciário. Complicado.

SUSPENSE  A decisão do Tribunal de Justiça sobre a volta de Bernal tem motivado comentários. Afinal, ele foi o estopim de tudo isso que temos aí. As comparações entre o passado e o presente são inevitáveis. O povo pagando pelas suas escolhas.

“Quando a gente atingir a meta, nos dobramos a meta.” ( Presidenta Dilma)