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Que o Novo Ano Seja Bom

Leia editorial do Jornal do Povo

- Divulgação/ilustração
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Como diz a cantiga – adeus Ano Velho, feliz Ano Novo… assim ingressamos em mais um ano, desejando saúde, prosperidade, paz, alegria, felicidades e muito amor para dar. Esta quadra da vida de cada um é também momento para guardar os sabres, ensarilhar as armas, deixar de lado as palavras que não constroem, assim como os ataques gratuitos de uns aos outros que se vê por ai afora, inclusive nas redes sociais.

Cumpre a cada um olhar para o alto e rogar a proteção do Criador e pedir que abençoe família e amigos. E mais, que o nosso país inspire tranquilidade social entre os cidadãos, além do desenvolvimento econômico que almejamos e a consequente fartura para que nossa gente usufrua as riquezas que transformam e promovem uma nação. E, preciso restaurar a concórdia entre todos para restabelecer a convivência pacífica sem atritos e sem causa por motivos ou questões que nunca deveriam sair da discussão elevada e saudável.

A convergência ao interesse comum remete o cidadão a patamares elevados.  É surpreendente e constrangedor, ver pessoas dia após dia postando mensagens falsas e desconstrutivas sobre condutas, realizações e até mesmo opiniões, porque simplesmente não pensam como aquelas às quais se antepõem e, a partir daí, se colocam como detratoras de umas e de outras. Esse tipo de reação e conduta não leva a lugar algum, mas, acaba machucando pessoas, porque as ofendem, denigrem empresas e autoridades constituídas que servem à coletividade com correção e denodo.

Hoje todos estão submetidos ao crivo da opinião pública. Ai daquele que não andar nos caminhos da decência, da ética, e, sobretudo, da lei, pois ninguém acima dela. Todos somos escravos do que preconiza o mandamento constitucional. Aos poderes constituídos se exige respeito e acatamento. Somos um país democrático, rico e próspero. Não se aceita quaisquer movimentos que porventura apregoem ruptura da ordem estabelecida. O investido em mandato popular deve acatamento aos ditames da lei.

Nenhuma ação ou ato de arbitrariedade pode ser aceito, sequer sugerido, porque ao contrário representará de um sobre os demais, submissão das prerrogativas ao livre exercício da cidadania e das liberdades públicas. Vivemos tempos de muita disputa. Cabe estarmos vigilantes para a manutenção do império da lei e da democracia. Por isso, é que devemos fazer boas escolhas para o exercício da representação emanada pelo voto popular, livre e secreto.

Mas se atravessamos um momento da vida política do país muito difícil, não seria demais nestas despretensiosas linhas de opinião do Jornal do Povo, lançar reflexão que remete o leitor deste editorial a seguinte pergunta: como estou pensando e agindo em relação ao próximo desassistido. Aquele que não tem emprego nem casa para morar, dinheiro para manter sua família e alimentá-la como deveria? Sou solidário? Faço algo para minorar essa dificuldade ou penso que aqueles que passam por momentos difíceis, passam porque não trabalham? Por que sou mais agraciado na vida do que muitos outros? O que tenho feito para minorar as dificuldades do próximo necessitado que sente fome, passa frio, não tem o que comer, ou mora em uma casa em condições precárias, sem água e esgoto e numa cobertura que o proteja das intempéries? Para muitos nada. E para outros, muito pouco. Mas se quero fazer, como fazer? Certamente, seria em primeiro lugar deixar de lado as discussões estéreis que se falou acima para em seguida, ombrear com esforço próprio um trabalho coletivo de aproximação e assistência àqueles que necessitam de uma mão amiga.

Somos cotidianamente desafiados, seja para a prática do bem como para as outras ações não contribuem para a elevação da alma humana. Dois são os caminhos que nos deparamos – o do bem e ou daquele que faz mal a nós mesmos quando contrariamos os ensinamentos da correção e de respeito e amor ao próximo. Vivemos tempos difíceis, há de se repetir. Mas também, temos que vivê-lo para mudar, contribuir, amenizar e se necessário, suplicar, para que tudo mude para melhor.

Que o Ano Novo seja bom para todos nós e que nós possamos no exercício pleno da lucidez e da razão, se não conseguirmos mudar, pelo menos minorar, dando cada um, por mais ínfima que seja, a contribuição para se construir um novo tempo.