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Reinaldo, um governador pragmático

Esqueçam aqueles velhos tempos de Fernando Correia da Costa, Wilson Barbosa Martins e outros que se alinharam partidariamente para governar. Naquela época contava muito a “folha corrida” do companheiro para ser nomeado a cargos de primeiro  ao último escalão. Até a faxineira do colégio tinha que demonstrar fidelidade e tradição ao partido governante para obter uma vaga.  

Mas, após a volta da democracia e com a facilidade para se criar novas siglas, os governantes passaram a ser mais flexíveis na escolha de seus auxiliares. Evidente que levam em conta o aspecto partidário, mas sem desprezar a competência e os  nomes oferecidos por outros partidos coligados nas eleições. 

O exemplo que vem ocorrendo em Mato Grosso do Sul é bem isso. Reinaldo Azambuja – que havia participado da coligação que apoiou Alcides Bernal para prefeito de Campo Grande, elegeu-se sem esconder sua convicção tucana, sua determinação em prol do senador mineiro Aécio Neves e criticando duramente o PT e seus candidatos locais. Foi uma prova viva de que não visava apenas a própria eleição ao Parque dos Poderes. Foi coerente. Queria Aécio no Palácio do Planalto, em Brasília.

Como governador, foi grato aos fieis companheiros de primeira hora. Eles foram aquinhoados com cargos importantes na maquina administrativa. Mas isso não era tudo. Não  bastava. Era preciso viabilizar o governo politicamente na Assembleia Legislativa. 

Aí entrou em cena o pragmatismo e o bom senso do governador. Costurou composição onde se contentou em premiar José Teixeira ao cargo de secretário e abraçando a candidatura de Jr. Mochi à Presidência do Legislativo. A fórmula deu certo pela franqueza e transparência do governo junto aos deputados. 

Mas, em 2016 teremos eleições. Ao seu estilo, Reinaldo vem se aproximando de  lideranças que não o apoiaram,   construindo uma base forte que eleja prefeitos de cidades importantes. As adesões recentes de Ruiter (Corumbá) e Hashioka (Nova Andradina) mostram isso. 

Além desta fator, que é público, não esconde suas relações cordiais com Marquinhos Trad e Nelson Trad,  pensando na sucessão da capital. 

Aí, com a mesma naturalidade que admite as dificuldades financeiras do Estado, Reinaldo não descarta as alternativas  para vencer o PMDB e o PT, admitindo alianças praticas que favoreçam seu projeto político e de governo. 

Pode até não estar certo, mas poderá vencer por eventuais equívocos dos adversários.

Afinal, na política conta muito o fator sorte, que Reinaldo tem!

De leve.