Parte das mais de cinco EMEIs (Escolas Municipal de Ensino Infantil) paralisadas em Campo Grande, no Jardim Inápolis moradores convivem com resquícios da construção e problemas causados pela não conclusão da obra.
Há mais de seis anos a escola está aguardando ser finalizada e utilizada pela população ao redor, como o estudante de Educação Física, Leonardo Quintana, que via na escola a oportunidade de trabalhar com o que ama, perto de casa.
Mato e pedaços da construção tomam conta do local“Foi um ano inteirinho fazendo ela, a gente ficou muito empolgado porque a gente estava precisando bastante. A gente achou eu ia concluir e de repente parou, na época da troca de prefeitos, de Gilmar Olarte e Bernal, aí a partir daí não teve mais nada.
Conforme relato do ouvinte, que mora na região há 27 anos, a obra já foi saqueada várias vezes, sendo que até o padrão de energia foi levado. Além dos roubos, a EMEI abandonada virou uma espécie de esconderijo e ponto de drogas.
“Infelizmente tá lá abandonada, o que poderia ser usado para a construção foram todas deixadas lá de lado, muitas pessoas estão saqueando. Está sendo até um local para usuários de drogas, tanto é que já teve movimentação policial ali, acharam entorpecentes. Então, é complicado, uma coisa que poderia ser boa e tá assim jogada, sendo deixada de lado”, relatou Leonardo.
EMEI virou local de descarte de lixo e móveisO estudante lamenta ainda que, alguns moradores da região, utilizam a EMEI como ponto de descarte de lixo e móveis velhos, tornando o lugar ainda mais propícios para insetos e mosquito, como o transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Sem previsão de finalizar a obra, em nota, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) disse que, “A prefeitura está negociando recurso para retomar e concluir oito escolas e EMEIS. As empreiteiras pediram rescisão de contrato e não tem vindo recursos federais”.
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