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Secretaria de Estado de Saúde cria comitê para discutir dengue

O objetivo do comitê é realizar, pelo menos, uma reunião mensal para discutir estratégias e metodologias sobre o assunto

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) realizou na manhã desta terça-feira (28) a segunda reunião do Comitê Estadual de Monitoramento da Dengue. O comitê foi formado este ano e é composto por dez representantes de diversos setores (usuários do Sistema Único de Saúde, trabalhadores, SES, Conselho dos Secretários Municipais de Saúde e da área de comunicação do Estado).

O objetivo do comitê é realizar, pelo menos, uma reunião mensal para discutir estratégias e metodologias sobre o assunto para que não ocorra uma nova epidemia da doença no Estado.

Entre os assuntos discutidos hoje, foi citado o balanço das ações realizadas no mês de abril, inseticidas e novas armadilhas de enfretamento contra o mosquito e metas para o segundo semestre. Somente neste mês foram realizadas 34 supervisões de assessoria técnica aos municípios; distribuição de 838 mil panfletos, cartazes, outdoors e busdoors; capacitações de 53 agentes comunitários e de vigilância epidemiológica entre outras ações.

Em relação às atividades a serem executadas de imediato estão a intensificação das ações de contingência municipal, a otimização das supervisões técnicas e o investimento em capacitações dos profissionais da área.

De janeiro até hoje foram notificados 5.559 casos da doença em Mato Grosso do Sul. Os municípios de maior incidência de dengue no Estado são Corumbá com 3794 notificações, Guia Lopes da Laguna com 320 e Bataiporã com 35 casos notificados. O cálculo da incidência é realizado a cada 100 mil/habitantes. No mesmo período, Campo Grande registrou 571 notificações, contudo, o índice é considerado de baixa incidência de dengue.

Armadilhas

A previsão de início dos testes com as armadilhas Mosquitrab, Adultrap (da Universidade de São Paulo), Ouvitrampa (da Universidade Federal de Minas Gerais) e o BG-Trap era janeiro deste ano, contudo, devido a questões administrativas o Ministério da Saúde começará a execução dos trabalhos no segundo semestre. Todos os dispositivos serão aplicados em Campo Grande.

Participarão da pesquisa o Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Combate à Dengue (PNCD), a Secretaria de Estado de Saúde, a Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) e a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau). O modelo Mosquitrab já foi utilizado, em 2007, no município de Três Lagoas devido a uma parceria entre a prefeitura e a iniciativa privada.

O principal objetivo da pesquisa é conferir qual dos métodos utilizados é mais eficaz na captura das fêmeas do mosquito, para auxiliar no controle de vetores e possibilitar um melhor monitoramento das regiões com os maiores índices de incidência do mosquito. Assim, as ações de prevenções podem ser melhor planejadas. Até o momento, os valores para a aplicação das pesquisas não foram divulgados.

Também está em discussão o início dos testes com o larvicida Diflubenzuron, considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) um produto seguro à saúde humana. O larvicida já teve sua eficácia e eficiência avaliadas pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, no período de 2004 a 2005. A previsão é de que seja testado o produto a partir de janeiro de 2010 em Mato Grosso do Sul, nos municípios de Campo Grande e Dourados. Até lá, devem ser capacitados cerca de 750 técnicos da área.