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Colapso

Segunda onda da Covid-19 deixa Três Lagoas em alerta

Leitos de UTI para tratamento da doença chegaram a capacidade máxima

Ficou Lotado > Leitos públicos de UTI para atender pacientes com Covid-19 - Arquivo/JPNews
Ficou Lotado > Leitos públicos de UTI para atender pacientes com Covid-19 - Arquivo/JPNews

A segunda onda de contaminação do novo Coronavírus vem gerando preocupação às autoridades de saúde de Três Lagoas. A situação é, nas palavras da secretária municipal de Saúde, Maria Angelina Zuque, “super preocupante” e fez com que a prefeitura emitisse, nesta semana, uma nota em alerta para a realidade do aumento de novos casos, mortes e internações por conta da Covid-19.

O Sistema Único de Saúde (SUS) de Três Lagoas está à beira de um colapso em plena pandemia. O SUS atingiu, nesta quarta-feira (16), 100% de ocupação dos leitos de UTIcom pacientes infectados pelo novo Coronavírus. No setor privado, a ocupação também alcançou a capacidade máxima de lotação nesta semana. Esta foi a primeira vez em que todos os leitos de UTI destinados ao tratamento da Covid-19 ficaram todos ocupados desde o início da pandemia, em março deste ano.

Ao todo, Três Lagoas possui apenas 10 leitos públicos de UTI habilitados para atender pacientes com a doença. Na rede privada, são apenas dois leitos. As 12 vagas ficaram ocupadas desde quarta-feira. No início da pandemia eram 30 leitos habilitados, mas o Ministério da Saúde desabilitou porque apenas 10 foram utilizados. A secretária disse que o hospital tem 40 respiradores, comprados pelo município, prontos para uso, mas não tem os profissionais necessários. “O Estado está com todos os leitos comprometidos. Hoje a situação da assistência é mais crítica do que no início da pandemia. Em contrapartida, estamos vendo a colaboração da população menor que antes”, disse a secretária.

ALERTA
Para as autoridades, a impressão é que a segunda onda de transmissão do novo Coronavírus está mais intensa e mais rápida que a primeira. Também avaliam como baixa a colaboração dos moradores com as medidas de segurança.

A secretária da pasta destaca que o momento pede cuidado e empatia. “É preciso cada um continuar fazendo a sua parte em prol do coletivo. O que temos visto, são pessoas deixando de usar suas máscaras e fazendo, cada vez mais, festas e encontros com elevada quantidade de pessoas. As festividades de fim de ano se aproximam e o que não queremos é iniciar 2021 com mais internações e mortes provocadas pela Covid. Falta tão pouco para 2020 acabar. Vamos ter um pouco mais de paciência”, pede.

A titular da pasta também ressalta que a viabilização de vacinas para o Brasil está próxima de ser uma realidade. “Em breve teremos novidades quanto à isso”.