Veículos de Comunicação

Três Lagoas

Sífilis tem alto índice de contaminação

Com a pandemia da Covid-19, menos pessoas foram às unidades de saúde para realizar testes rápidos

rápido > Resultado fica pronto em até 15 minutos - Reprodução/tvc
rápido > Resultado fica pronto em até 15 minutos - Reprodução/tvc

Problema de saúde pública. Essa foi a definição utilizada pelo enfermeiro e coordenador do CTA do Programa Municipal IST/Aids de Três Lagoas, Jessé Milanez, para contextualizar a sífilis no município. “A doença continua sendo uma epidemia em todo o país. Aqui, não é diferente”, explica.

De acordo com dados do Programa IST/Aids, em 2020 foram 93 novos casos registrados de sífilis na cidade. Desses, 36  pessoas estavam com a doença em sua fase ativa no momento do diagnóstico. Entretanto, apenas 11 levaram o tratamento até o fim. 

Os números são alarmantes, no entanto, são menores que os registrados ao longo de 2019. “Não quer dizer que em 2020 a doença acometeu menos pessoas ou que mais moradores fizeram sexo protegido. Não! Significa que, por conta da pandemia da Covid-19, menos pessoas vieram às unidades de saúde para fazer, de maneira espontânea, o teste rápido”, destaca Milanez.

O enfermeiro também salienta que, em 2020, as equipes não realizaram as ações de prevenção e de testagem em massa, como em campanhas anteriores. “Menos gente sendo testada, menos diagnósticos virando estatística”, complementa.

Em 2019, segundo relatório, 149 moradores foram diagnosticados com a sífilis. Desse total, 91 delas estavam com a doença na fase ativa e somente 17% dos pacientes finalizaram o tratamento. 

Tanto o diagnóstico quanto o tratamento são ofertados gratuitamente por meio da rede pública de saúde no país, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A prevenção é o uso de preservativo em relação sexual.