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Sindicato dos médicos alerta para falta de oxigênio no HR

Entidade emitiu nota em que informa sobre sobrecarga do uso do insumo com alta demanda de pacientes em estado grave

De acordo com o Sinmed, 233 pacientes dependem do oxigênio no Hospital Regional atualmente. - Foto: Reprodução
De acordo com o Sinmed, 233 pacientes dependem do oxigênio no Hospital Regional atualmente. - Foto: Reprodução

O Sinmed (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) emitiu alerta sobre a alta demanda no consumo de oxigênio no Hospital Regional, em Campo Grande, que pode levar a falta desse insumo nos próximos dias. 

De acordo com o presidente do sindicato, Marcelo Santana, os hospitais estão sobrecarregados e com muitos pacientes em estado grave que precisam usar oxigênio hospitalar.

"Esse sistema sobrecarregado pode apresentar problemas, pode cair. Então, isso deixa todos apreensivos quando à situação. E também, o que a gente vem percebendo com essa demanda de pacientes mais graves é que vários estados já emitiram alerta no consumo de oxigênio, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo".

Outra preocupação, segundo Santana, é de que nos próximos dias comecem a faltar, ainda, medicamentos que são usados em pacientes mas graves. "Nós temos drogas que são usadas para intubar o paciente e para manter ele intubado no CTI que são importantíssimos para manter esses pacientes sedados. Na rede privada do país, nós temos um limite de, mais ou menos, cinco dias de medicação".

Santana explica que a Anvisa tenta importar os medicamentos utilizados nos casos mais graves.

O presiente do Sinmed alerta para a importância da população cumprir com o isolamento social como uma das formas de revertemos esse cenário. "Nós estamos sobrecarrecagos. A maior parte dos profissionais da saúde está trabalhando há um ano sem descanso e dá tristeza ver esse número tão grande de pessoas que estão com suas vidas impactadas com mortes de familiares. Tem gente que perdeu a família inteira. E, vemos a população não se preservando, não fazendo o distanciamento social, faz com que tenhamos mais medo do futuro. Se as coisas não mudaram, vamos viver uma tragédia", pontua.