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Sobe para 20 o número de casos suspeitos de gripe suína no Brasil

Subiu para 20 o número de casos de brasileiros que estão sendo monitorados pelo Ministério da Saúde diante da possibilidade de gripe suína. Segundo a assessoria do Ministério, o total de casos chegou a 22, mas dois deles, identificados no estado de São Paulo, foram descartados.
Até ontem (28), oito Estados tiveram registro de casos em observação: três pessoas no Amazonas; duas na Bahia; três em Minas Gerais; uma no Pará; quatro no Paraná; duas no Rio de Janeiro; duas no Rio Grande do Norte; e três em Santa Catarina.
O Ministério da Saúde reforçou que, dentre os sintomas da gripe suína, a febre deve ser de pelo menos 38º graus centígrados e acompanhada de tosse, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, além de desconforto respiratório.
Outro fator determinante para o reconhecimento da doença é que o paciente, que apresenta os sintomas específicos, tenha visitado algum dos locais afetados pelo vírus nos últimos dez dias ou que tenha tido contato com pessoas dessas áreas.
O governo brasileiro tem informações oficiais sobre casos confirmados de gripe suína nos Estados Unidos, no Canadá, no México, no Reino Unido, na Espanha e na Nova Zelândia.
Diante do anúncio de que a Organização Mundial da Saúde (OMS) pode aumentar o nível de alerta para a doença em função de casos que podem ter sido contraídos nos Estados Unidos, o Ministério informou que não tem informação sobre a circulação do vírus fora do México.
Considera-se que o vírus esteja circulando quando há contágio de pessoa para pessoa dentro de um mesmo país.

VIGILÂNCIA

A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu aos governos de todo o mundo que devem manter a vigilância contra a gripe suína, apesar dos casos confirmados até agora serem aparentemente leves, à exceção dos que causaram mortes no México.
"É cedo demais para dizer como seria uma possível pandemia desta gripe suína. A pior pandemia do século XX, a gripe de 1918 (que matou entre 25 milhões e 40 milhões de pessoas) começou relativamente leve e depois se tornou muito grave", disse o diretor-geral adjunto para segurança sanitária da OMS, Keiji Fukuda.
Fukuda confirmou que a OMS mantém o nível de alarme pandêmico na fase 4 (de uma escala que vai até 6), pois ainda não há confirmação que tenha havido contágios do vírus entre estudantes da escola de Nova York  nem que alunos que não estiveram no México tenham sido infectados.
"Neste momento, uma pandemia não é inevitável, mas nós levamos essa possibilidade muito a sério", assinalou.
Segundo ele, esse status ocorrerá quando for verificada alguma transmissão de uma pessoa para outra fora do território do México, onde surgiu o foco.
Por enquanto, todos os 79 casos confirmados pela OMS são de pessoas que estiveram no México.

REMÉDIOS

O Ministério da Saúde informou ontem (28), após reunião do Gabinete Permanente de Emergência, que o País vai receber 54 mil doses do medicamento Tamiflu, usado no tratamento de influenza em geral, inclusive a gripe suína.
O governo brasileiro já possui o equivalente a 90 milhões de doses do remédio estocadas no almoxarifado do Ministério da Saúde. O protocolo de tratamento indica que, tão logo o médico diagnostique o caso como suspeito, ele prescreva o Tamiflu.
O medicamento está estocado em tonéis e para ser usado ainda precisa ser manipulado e separado em cápsulas. Por isso, existe a necessidade de encomenda de doses prontas para serem ministradas caso haja necessidade.
O Ministério, entretanto, classificou a compra como rotina e informou que a encomenda já havia sido feita em janeiro deste ano, antes do surto de gripe suína.