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Usineiros renegociam R$ 3,5 bi

As empresas também pedem a liberação de até R$ 3 bilhões para financiar os custos de estocagem de etanol na safra de cana que começa em abril

Sem capital de giro e sem condições de oferecer garantias para novos empréstimos, as usinas de açúcar e álcool do país negociam com o governo a reestruturação de R$ 3,45 bilhões em dívidas com o BNDES, bancos comerciais, tradings e fundos de investimento.

As empresas também pedem a liberação de até R$ 3 bilhões para financiar os custos de estocagem de etanol na safra de cana que começa em abril. Pressionados pelo endividamento da indústria, os produtores de cana também buscam renegociar R$ 267 milhões em financiamentos com o BNDES e o Banco do Brasil.

Os pedidos estão em discussão nos ministérios da Fazenda e da Agricultura desde dezembro e têm sido tratados com cautela e discrição. Parte do governo entende que o segmento não pode ficar mais vulnerável, o que poderia desencadear novas aquisições por investidores estrangeiros. Por isso, haveria estudos para estimular fusões e aquisições entre empresas nacionais. “O governo sabe como e onde precisa ajudar o setor”, afirma o coordenador nacional do Fórum de Lideranças do Setor Sucroalcooleiro, Anísio Tormena.