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Efeito Corona

Vendas de produtos da Páscoa são as piores dos últimos anos

Nesta semana, com a reabertura, os empresários puderam voltar a vender

As vendas de Páscoa em 2020 são uma das mais fracas na comparação com anos anteriores, devido a ocorrência da pandemia de coronavírus (Covid-19). A estimativa é das associações comerciais do país. Em época de pandemia, crise econômica, e comércio fechado devido ao isolamento social,  ovos de chocolate são artigos de luxo para algumas pessoas. Mas tem aqueles que, mesmo diante do atual cenário, não deixam de comprar, principalmente aproveitando as promoções  que garantem até 50% de desconto.
Valdecir Perbone, dono de uma franquia que vende somente chocolates, disse que essa  Páscoa em termos de vendas “sem dúvidas é uma das piores sem precedente”. O empresário atua no ramo há 12 anos e atualmente tem duas lojas, uma no centro da cidade, e outra no shopping center, que permanece fechado por conta de ser um local de aglomeração de pessoas, o que está proibido pelo decreto municipal.
A loja do centro também ficou fechada por 15 dias, assim como todo comércio, com exceção dos considerados essenciais. Nesta semana, com a reabertura, os empresários puderam voltar a vender os produtos que, até então, estavam sendo comercializados por meio de aplicativos e delivery. 
O empresário conta  que a campanha das vendas de produtos da Páscoa começa com 40 dias de antecedência da data, e que, 15 dias antes da Páscoa,  as vendas aumentam, vendendo 45% de todo o estoque. E na última semana, vendem o restante. Neste ano, segundo ele, até esta quinta-feira (9) , ainda tinha 70% do estoque para venda. A alternativa  foi apostar na promoção. Na compra de um ovo de chocolate, o segundo sairia com desconto de 50%.
Perboni disse que os clientes estão receosos por dois motivos. Um pelo Coronavírus, com medo de sair de casa, o outro pela incerteza econômica. “O cliente que antes gastava R$ 300, hoje gasta R$ 100. E o que gastava R$ 100, não está gastando nada”, disse.  
Na loja do shopping a venda, segundo ele, não passou de 5%. O empresário Joaquim  Barbosa, diretor presidente de uma rede de supermercados disse que neste ano reduziu a compra de produtos relacionados a Páscoa em 15%.