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Vigilância Sanitária está atenta à gripe suína

Técnicos do Ministério da Saúde estão abordando passageiros que chegaram dos EUA e do México

Quem desembarcou de voos provenientes dos Estados Unidos na manhã de ontem (27) no Aeroporto Internacional Tom Jobim teve de responder questionamentos de técnicos de vigilância sanitária. De acordo com informações da Agência Brasil de notícias, além de abordar turistas nas saídas dos vôos, os técnicos buscam informações com tripulantes sobre pessoas que possam ter apresentado sinais da doença, como tosse e febre.
Este foi o caso da estudante Ruth Gibrail, que chegou de Houston, nos EUA. Assim que desembarcou, ela foi abordada pelos técnicos. “Eles pediram para que todos passageiros que estivessem passado pelo do México se identificassem na porta [do avião] e fizeram algumas perguntas. Durante o vôo não foi pedido nada, eu só vi que havia pessoas que não costumam estar na porta do avião, com crachá e uniformizadas”, contou a estudante.
Desde o dia 25 deste mês, o Ministério da Saúde instituiu o Gabinete Permanente de Emergência, no Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde (CIEVS) da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) para monitorar a situação e indicar as medidas adequadas ao país em relação às ocorrências de casos humanos de influenza suína no México e nos Estados Unidos da América (EUA). O Centro possui representantes do próprio ministério, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) – o grupo se reúne diariamente.
Nos Estados Unidos até o dia 26 de abril o governo notificou 21 casos humanos de Influenza Suína (A/California/04/2009 –A/H1N1) confirmados por diagnóstico laboratorial. Dos casos confirmados, são 9 (nove) em Nova York, 7 (sete) na Califórnia (San Diego e Imperial), 2 (dois) no Texas (San Antonio), 2 (dois) no Kansas e 1 (um) em Ohio. Todos os 21 (vinte e um) casos confirmados apresentaram síndrome gripal moderada (Influenza-like Illness – ILI). Apenas um foi hospitalizado e não ocorreram óbitos. Entre os casos notificados, não há relato de contato com suínos.
Já as autoridades mexicanas confirmaram 18 casos humanos de influenza suína (A/California/04/2009 – A/H1N1) conforme diagnóstico realizado pelo laboratório do Canadá. As cepas são geneticamente idênticas às registradas na Califórnia/EUA. A maioria dos casos ocorreu em adultos jovens previamente saudáveis (25 a 44 anos), apresentando provável alteração no padrão da influenza que normalmente afeta crianças e idosos, que não foram fortemente afetados neste evento. Além disso, atualmente o México sofre um pico epidêmico tardio de influenza sazonal que começou no inicio de março.

BRASIL

Até o momento, não há evidências da circulação do vírus da influenza suína em humanos no Brasil. No entanto, A Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde foi notificada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, da existência de dois viajantes procedentes do México, que estão sob investigação laboratorial, mas que clinicamente não se enquadram na definição de caso suspeito de influenza suína.
Os sintomas da doença são febre alta repentina, superior a 39ºC, acompanhada de tosse e/ou dores de cabeça, musculares e nas articulações. Pessoas procedentes de áreas afetadas, nos últimos dez dias, que apresentarem os sinais e sintomas devem procurar a unidade de saúde mais próxima.
Para este tipo de vírus não existe vacina. A influenza suína é uma doença respiratória causada pelo vírus A (H1N1).