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?Zé do Caixão? reencontra o carro que ganhou seu apelido

Na época, carro comprado por Mojica ganhou cortinas roxas e incensos

Quarenta anos depois do lançamento do carro VW 1600, da Volkswagen, o cineasta José Mojica Marins, de 73 anos, ficou frente a frente com o modelo que ganhou o apelido de “Zé do Caixão” no final da década de 60.


Lançado para concorrer com o Corcel, da Ford, o VW 1600 ganhou rapidamente notoriedade – mas não pela beleza. Com formato de caixote e maçanetas parecidas com alças de caixão, o sedã quatro portas se destacou pelos toques, digamos, um pouco fúnebres.


Ao mesmo tempo em que o  carro afugentou os mais supersticiosos, agradou em cheio não só taxistas – em busca de espaço e economia -, como Mojica, que logo tratou de personalizá-lo.


O VW 1600 teve uma vida curta. Foi apresentado pela Volkswagen no Salão do Automóvel de São Paulo em novembro de 1968. A produção em série começou no início de 1969 (há 40 anos) e durou até 1976. No total foram 133.784 mil unidades produzidas – 40.445 só em 1971. No entanto, esse número caiu pela metade no ano seguinte (21.690) e despencou para 6.559 em 1974.


 “Fiquei triste quando ele deixou de ser produzido e contente por saber que é bem conservado na mão de colecionadores. Hoje é um carro precioso e quem tem sabe o seu valor”, diz Mojica.