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Farmacêuticos pedem celeridade em vacinação contra a covid-19

Conforme Conselho Regional de Farmácia, mais de sete mil profissionais que atuam na frete ao coronavírus ainda não foram vacinados

- Foto: Domínio Público
- Foto: Domínio Público

O Conselho Regional de Farmácia (CRF), solicita ajuda ao Ministério Público Estadual (MPE), para ampliar a remessa de doses de vacina contra a covid-19 aos profissionais farmacêuticos. A classe de trabalhadores alega que mais de sete mil profissionais na linha de frente, no combate ao vírus ainda não receberam o imunizante. No último balanço de vacinação contra a covid no estado, a quantidade estimada de trabalhadores da saúde é de 69.988 – ainda falta imunizar 7.421 profissionais, conforme dados do Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o CRF, a falta de vacina para os profissionais farmacêuticos tem sido debate de algumas reuniões com o ministério público e autoridades locais. A farmacêutica Layza Sá Rocha, que trabalha em uma rede particular de farmácia em Campo Grande, diz que muitos profissionais da saúde, como atendentes, farmacêuticos e outros, ainda não receberam a vacina contra a covid-19.

“Isso nos entristece, pois somos da linha de frente no combate ao vírus, e antes mesmo de iniciar o Programa Nacional de Imunização, já estávamos exercendo atividades que colocam nossa saúde em risco, fora que a maioria dos trabalhadores da área, tem menos de 30 anos, e a Sesau não responde quando seremos imunizados”, destacou.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), informou que vacinação de profissionais da saúde é feita de acordo com o quantitativo de doses encaminhadas pelo ministério da Saúde e pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). Cada lote tem um quantitativo de doses, normalmente em torno do 6,23% do total que o município recebe, destinado exclusivamente para profissionais da saúde.

Ainda de acordo com a secretaria, o município tem adotado diversas estratégias para imunizar todos os públicos, tanto idosos, quanto trabalhadores do setor da saúde e restante da população a ser vacinada, contudo para a ampliação dos públicos, inclusive de farmacêuticos e demais atendentes de farmácias, é necessário que venham mais doses do imunobiológico para a capital.

O CRF informou que existe uma força tarefa para que trabalhadores de estabelecimentos farmacêuticos, farmácias, drogarias, laboratórios, farmácias hospitalares, além de docentes e estagiários que estão atuando no mercado, sejam vacinados. Na nota técnica, o conselho cita que algumas cidades conseguem avançar mais na vacinação do que outras e que o Ministério da Saúde, assim como o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, já foram acionados.

Nota do Conselho Regional de Farmácia

“Reconhecemos que secretários não são os responsáveis pela vacina e que o estado está recebendo poucas doses, entendemos e estamos trabalhando para que todos os farmacêuticos de todas as idades e cidades sejam vacinados o quanto antes. Além de tudo isso, o CRF/MS foi um dos primeiros conselhos do país a lançar o Vacinômetro para ajudar a mapear os indicadores de vacinação dos profissionais.

Enviamos listagem dos profissionais para as secretarias de saúde como forma de ajudar na organização e identificação de quantos são e quem são em cada cidade, e sempre que identificamos que uma cidade está sem vacinar os farmacêuticos, logo agimos por meios oficiais oferecendo ajuda e reforçando a necessidade de cumprir o PNI que estabelece a prioridade da imunização aos farmacêuticos. 

Também pedimos ao Ministério Público para nos ajudar nessa mobilização, mas o CRF/MS entende que a maior estratégia que teria agora é a união de duas frentes de trabalho: mobilizar gestores, representantes políticos e órgãos públicos para ampliar a remessa de doses ao Estado somada a uma força tarefa de concluir a imunização dos farmacêuticos com as doses que estão chegando. Reforçamos que estamos a disposição de todas as secretarias para contribuir e continuaremos essa luta até que todos os farmacêuticos estejam vacinados, independente da área que atuam, cidade, idade ou outro perfil. É um direito desses profissionais e nós estamos atuando para garantir isso a eles".