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Médicos usam sangue menstrual para produzir células-tronco

Médicos do INC (Instituto Nacional de Cardiologia), em parceria com o Instituto de Biofísica da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), conseguiram transformar células do sangue menstrual em células-tronco pluripotentes induzidas (iPS, na sigla em inglês) – reprogramadas para terem as mesmas características de células embrionárias.

Trata-se de um importante avanço nas terapias celulares, que prometem reparar tecidos danificados por doenças ou traumas, já que as células embrionárias são capazes de se transformar em outros tecidos.

A ideia dos pesquisadores é gerar e estudar as células do músculo cardíaco de duas pacientes que têm uma arritmia cardíaca rara, chamada síndrome do QT longo. A primeira tentativa será com mãe e filha – que já tiveram amostras do sangue menstrual colhidas.

Por conta da doença, elas sofrem crises de arritmias e podem ter uma morte súbita.

O pesquisador Antonio Carlos Campos de Carvalho, coordenador de ensino e pesquisa do INC, diz que, “com as células induzidas, vamos reproduzir a doença de mãe e filha in vitro e estudar as atividades elétricas envolvidas”.

– Isso vai permitir entender o comportamento anormal das células e testar novas drogas.