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Prefeitura estuda terceirizar serviço médico da UPA

Unidade de Pronto Atendimento ainda não entrou em funcionamento por falta de médicos

Não é novidade que Três Lagoas, assim como muitos municípios do Brasil, sofrem com a falta de médicos, principalmente para atender as especialidades. Por esse motivo, até hoje a Unidade de Pronto Atendimento (UPA),não entrou em funcionamento. Para tentar reverter essa situação e garantir o funcionamento da unidade, que já está toda mobiliada e equipada, a administração municipal estuda a possibilidade de terceirizar os serviços médicos, segundo informou a prefeita Márcia Moura.

O concurso público, realizado em 2012, previa a contratação de oito pediatras, mas apenas três se inscreveram e foram aprovados. Das oito vagas destinadas aos clínicos gerais, sete foram preenchidas. Com esse número de profissionais, segundo a secretária municipal de Saúde, Eliane Brilhante, não é possível abrir a UPA. Como a unidade foi classificada pelo Ministério da Saúde como porte II não pode entrar em funcionamento sem ter o número exato de médicos. 
 
As demais vagas determinadas pelo concurso tiveram um número exato de inscritos e os aprovados no concurso já começaram, inclusive, ser convocados. “O que está impossibilitando nesse momento, é a questão dos médicos. Eu precisaria de, pelo menos, 15 profissionais para trabalhar com folga, já que eles vão atuar em sistema de plantão, e temos que levar em consideração também o período de férias deles, e a possibilidade de afastamento”, comentou a secretária de Saúde.
 
De acordo com Eliane Brilhante, o grande problema na contratação dos médicos, deve-se a falta de interesse dos profissionais em atender as urgências e emergências. “Muitos médicos não tem perfil para atender as urgências e emergências, porque os pacientes, às vezes, precisam ficar entubados, aguardando vaga no hospital. A UPA vai atender esse tipo de pacientes, então, por isso, os médicos não querem atender, eles preferem trabalhar nas unidades de saúde, ou Postão”, comentou.
 
PRAZO
O Ministério da Saúde deu até 31 de março de 2014 para a Prefeitura definir se a UPA vai funcionar como porte I ou II. Segundo a secretária de Saúde, antes desse período a unidade vai entrar em funcionamento, porém até a data estipulada pelo governo federal terá que definir a classificação.
 
O prédio da UPA foi construído há três anos nas proximidades da ruaYamagutiKankiti, na região do Parque São Carlos, até hoje não entrou em funcionamento por falta de médicos, assim como devido ao alto custo para manter o local funcionando. O valor para manter a unidade aberta foi orçado em aproximadamente R$ 700 mil por mês.