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Saúde alerta para aumento do índice de mortalidade por Covid-19 na região

Em todos os municípios houve alteração nos níveis de alerta em função do aumento dos casos fatais da doença

A análise dos dados de 15 a 29 de agosto, atualizados em 1º de setembro, mostra que os níveis de alertas cresceram nas diferentes microrregiões de saúde de Mato Grosso do Sul, segundo o pesquisador da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Adeir Archanjo da Mota. Na microrregião de Paranaíba o nível de alerta aumentou em todos os municípios, conforme o estudo.

Todos eles registraram aumento nos índices de morbimortalidade e, por sua vez, nos níveis de alerta. Paranaíba saltou do nível de alerta 2 para o 3, Cassilândia saltou do nível de alerta 2 para o nível 4 e Aparecida do Taboado, do nível 3 para o nível 4. A região chegou à marca de registra 30 mortes pela doença na quinta-feira (3).

“Os gestores sabem que podem reduzir os impactos da doença na vida das pessoas. Eles também sabem que as mortes são evitáveis. Resta saber quando serão responsabilizados pelos danos causados à vida da população, à saúde pública e coletiva e aos impactos negativos na economia pela retroalimentação da pandemia e pelo uso não racional dos recursos públicos da saúde”, questionou a pesquisadora em Comunicação, Saúde e Políticas Públicas. Fernanda Vasques Ferreira.

Paranaíba ultrapassou o total 415 casos positivos desde o surgimento da doença no município Os leitos são estão com 100% de ocupação,  com três paranaibenses  internados e sete paciente da região. O município registra seis óbitos pela doença. 
Aparecida do Taboado tem o total de 630 confirmados e 13 óbitos, já Cassilândia tem mais de 346 casos conformados e nove mortes pela doença, e Inocência são 37 casos confirmados e duas mortes.

A letalidade do vírus em Aparecida do Taboado é uma preocupação do Ministério Público Estadual, que emitiu nota de alerta à população e cobrou ações mais efetivas do Poder Público no controle e enfrentamento à pandemia. 
Segundo o MPE, Aparecida do Taboado apresenta taxa de 2,05%, enquanto a taxa de letalidade do Estado é de 1,7%. 
Em Cassilândia, a faixa etária predominante entre os infectados é de 30-59 anos (os bairros com o maior percentual de casos são também os que possuem maior quantidade de pessoas infectadas com essa faixa etária). 

Os pesquisadores reforçaram que para controlar a disseminação do vírus será necessário unir esforços entre os municípios que compõem a microrregião, com ações de enfrentamento coletivo.“Diante do crescente aumento no número de casos é necessário a adoção de medidas mais energéticas frente a diminuição da proliferação sendo fundamental a adoção de medidas de restrição de mobilidade”, concluiu Antonio Idêrlian Pereira de Sousa, aluno e pesquisador na Universidade Federal da Grande Dourados.