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A Cerveja e o Dia dos Namorados

Leia o artigo da Sommelière de Cervejas no Beer Prosaz, Flávia de Souza

Leia o artigo da Sommelière de Cervejas no Beer Prosaz, Flávia de Souza. - Arquivo/JPNEWS
Leia o artigo da Sommelière de Cervejas no Beer Prosaz, Flávia de Souza. - Arquivo/JPNEWS

Quem aí já fez a amizade bebendo leite? Hahahahaha. A não ser que você estivesse no jardim de infância, né? Mas venhamos e convenhamos, festas, barzinhos e restaurantes são ótimos lugares para conhecer aquela pessoa que vale a pena dividir a vida.

Quem aí não se casou com o amigo do amigo que foi apresentado numa comemoração de aniversário? Ou com a amiga da prima ? Se apresentam, rola aquela troca de olhares e quando dá-se o aperto de mão, uma conexão mais profunda é gerada. Ahhhh, L’amour… l’amour…

E o que cargas d’agua tem a ver cerveja nessa linda história de namorados, amor e encontros eternos? Uai… Nunca levou sua namorada pra jantar, não? Nunca foi convidada pra sair pra jantar não? Pois a hora é agora!
Segue o enredo para que essa noite se torne tão especial: Comece com o estilo Witbier, que leva raspas de laranja e semente de coentro em sua receita básica e original. Algumas podem conter sementes de cardamomo, ou hortelã, e até mesmo limão siciliano. As Witbiers são um excelente acompanhamento para saladas tipo caesar, que tem como ingredientes principais mini-torradinhas, lascas de queijo parmesão, pedacinhos de peito de frango grelhado, folhas verdes… E não pense você que essa salada é chique. Na na ni na não. Diz a lenda que quem criou essa salada foi uma mãe, do sul da Itália, para alimentar seus filhos em tempos difíceis: ela colocava ovos, alface, pequenos pedaços de pão frito no azeite, queijo seco e alguns temperos como molho inglês e suco de limão. Um dos filhos dessa mãe, depois de grande, virou chef de cozinha, foi para a região do México trabalhar em um hotel. Em torno de 1930, alguns pilotos de avião norte-americanos chegavam no restaurante do hotel e pediam uma simples salada. O chef de cozinha então, na falta de tomates, seguia essa antiga receita familiar. O nome do chef era Césare Cardini. Já aproveita e conta essa história na mesa do jantar, aposto que o papo se tornará muito mais interessante.

De prato principal podemos seguir com um assado de carne, tipo um rosbife suculento, ou uma costelinha barbecue. Se quiser ser mais chique: um pato assado? Qualquer um desses pratos vai muito bem com uma cerveja do estilo Dubbel, com seus 7% de teor alcóolico que inibiria a sensação de gordura desses pratos. E se for uma Westmalle elaborada por monges trapistas desde 1926, com seu alto nível de levedura e malte, pouco lúpulo deixando quase nada de amargor, e sua coloração marrom-avermelhada complementaria a decoração da mesa. Uma harmonização bem exótica para essa noite, hãn? Hãn? Hãn?

E para finalizar, uma sobremesa? Queeeeê? Cerveja e sobremesa? Claaaro que sim. Continua comigo que você vai se dar bem. Hehê! Aquela tortinha de maçã suuuper combina com cerveja do estilo Weiss. A acidez da bebida “limpa” o paladar e faz querer mais uma garfada da sobremesa. Sabores como banana e cravo da cerveja, com canela e maçã da torta criam uma experiência sensorial incrível na sua boca. 
E experiência sensorial é o que desejamos nessa noite. E que ela se torne incrível. Né, não?

*Flávia de Souza é Sommelière de Cervejas no Beer Prosaz.