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Editorial

A dengue mata

Leia o Editorial, do Jornal do Povo, que circula neste sábado (22)

Leia o Editorial, do Jornal do Povo, que circula neste sábado (22). - Arquivo/JPNEWS
Leia o Editorial, do Jornal do Povo, que circula neste sábado (22). - Arquivo/JPNEWS

A dengue mata pessoas em consequência da picada do mosquito Aeds aegypti encontrado constantemente pela vigilância sanitária em centenas e centenas de imóveis residenciais e terrenos baldios da cidade. O grande causador da proliferação dessa praga é o próprio morador da cidade, que não cumpre com suas obrigações de limpeza e higiene para estabelecer as condições sanitárias adequadas que devem ser observadas para que vivamos em um ambiente saudável. Por todos os recantos constata-se que a população não faz a sua parte e nem colabora para que a cidade se mantenha limpa. Ruas, calçadas e terrenos baldios tomados pela sujeira e mato, apesar da prefeitura ter notificado milhares de proprietários para limparem seus terrenos, sob ameaça de multa.

Aliás, até multou sem verificar se o terreno foi ou não roçado para derrubar o mato que cresce de tempos em tempos. Três Lagoas ocupa o segundo lugar em Mato Grosso do Sul em índices de contaminação pela dengue, onde já foram atestadas cinco morte em consequência da doença. A saúde pública contabiliza quase seis mil casos de notificações de pessoas que contraíram a dengue A maioria dos focos de proliferação dos agentes transmissores da dengue – o aeds aegipty, além da chikungunya e zika vírus encontram -se em residências. Esse é o sinal evidente de que as pessoas não cuidam bem de suas casas e nem observam as recomendações da vigilância sanitária, que orienta para que não se deixe acumular água parada em residências e muito menos mato alto em terrenos baldios, bem como não jogar lixo e nem descartar objetos inservíveis nas vias públicas.

Infelizmente, Três Lagoas é uma cidade suja, repita-se, por conta do lixo que os seus moradores produzem e não acondiciona adequadamente para que seja recolhido pelo serviço público de coleta de lixo. Também inexiste o hábito em manter suas calçadas limpas e sem mato. Enfim, estamos diante de uma situação de falta de educação e cultura, que só poderá evoluir se o poder público municipal desencadear uma intensa  campanha de esclarecimento sobre os malefícios que a sujeira e o lixo a céu aberto causam nas pessoas.

É preciso para se alcançar resultados mais efetivos, mobilizar a juventude estudiosa da cidade que integra a rede municipal, estadual e até nas universidades, destacando se a importância e os benefícios de uma cidade limpa, a fim de que estes ecoem junto as suas famílias essa ação educativa em prol da boa higiene e das condições sanitárias que a saúde pública e as pessoas que fazem a sua parte reclamam. Todos queremos, viver com qualidade de vida e sem riscos para a própria saúde.