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A Independência que tarda

Leia o Editorial do Jornal do Povo, da edição que circula nesse sábado (9)

Leia o Editorial do Jornal do Povo, da edição que circula nesse sábado (9) - Divulgação
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No último dia 7 de setembro, celebramos os 201 anos da Proclamação da Independência do Brasil. Dois séculos se passaram e, ainda, procuramos na essência da palavra independência que redunda em estabilidade política e econômica para o Brasil, caminhos seguros para o nosso desenvolvimento sócio econômico, assim como a felicidade geral de todos brasileiros.

Conseguimos neste lapso de tempo nos inserir no concerto das nações, mas não no universo reduzido das mais desenvolvidas por contas das deficiências que se nos apresentam sob os aspectos da economia, educação, pesquisa, tecnologia, avanço industrial e por ai afora… Temos ainda um longo caminho a percorrer para garantir excelente formação escolar para a juventude estudiosa e por via de consequência, ampliar o leque de sua atuação e conquistas nos mais diversos setores da atividade.

Para tanto, é preciso definir de uma vez por todas as questões elementares que impactam a qualidade do ensino básico e médio, que propiciam uma trajetória estudantil mais sólida para se alcançar a plenitude de boa formação profissional, começando pela irradicação do analfabetismo.

Vencida essa etapa, sentiremos os efeitos de uma transformação que eleva e proporciona ao cidadão o exercício efetivo e de resultados no exercício da atividade laboral. Atualmente, pelos setores da indústria e serviços há uma procura sem precedentes por pessoas com qualificação profissional. Por conta do aumento na geração de emprego e renda. Mas, o tamanho do déficit da mão de obra qualificada, assim como de profissionais graduados e habilitados para o exercício de funções que transformam o trabalho em riqueza é um dos grandes males que prejudica o crescimento da nossa economia. Entretanto, há de se dizer que, enquanto, não haver distribuição de riqueza mais equânime – causa de graves distorções, como a fome, a ignorância, o déficit de moradia digna, além da supressão de carências estruturais para melhor atendimento na saúde pública e em tantos outros setores, inclusive, na segurança pública, não conseguiremos construir o país que almejamos.

Para agravar esse setor registra diuturnamente cenas de violência perpetradas contra pessoas de bem por outras, que vivendo no mundo do crime sem medo, insistem em desrespeitar a lei.

Organizadamente, atacam e saqueiam o patrimônio do próximo sem medir quaisquer consequências. Essas questões que comprometem o bem estar social precisam ser equacionados, a fim de que todos possamos viver e desfrutar das benesses de um país que quer se proclamar próspero e desenvolvido e reafirmar a satisfação de que aqui mora um povo feliz.

Essa breve reflexão quando se celebra a Proclamação da Independência do Brasil do jugo de Portugal, nos remete obrigatoriamente a uma rogativa coletiva que soa como convocação.

É preciso desarmar o ambiente de hostilidade coletiva que invade os sentimentos menos nobres a boa alma da nossa gente e que contamina da vida de parte da sociedade civil. É preciso olhar para frente e torcer pelo restabelecimento da plenitude da normalidade na vida do país. Colocar as desconfianças do lado, acreditar que é possível mudar. E todos, indistintamente, passarem a acatar a ordem civil preconizada na Constituição Federal e acreditar nas medidas das providências adotadas pelos governantes.

Essa mudança, inquestionavelmente mudará a energia que paira sobre todos nós.  Sem observância à lei, aos preceitos nela contidos que norteiam a vida democrática, os quais asseguram as prerrogativas e garantias individuais, certamente, não havemos de viver em paz e em um ambiente de respeito reciproco. É preciso de união e concórdia para se alcançar a prosperidade, a independência e a felicidade que todos desejamos usufruir.