Veículos de Comunicação

Opinião

A saída é a parceria

Leia o editorial da edição deste sábado do Jornal do Povo

O governador Reinaldo Azambuja formalizou, nesta semana, duas parcerias importantes para obras que o Estado. Ambas muito importantes para a população de Três Lagoas e de Dourados. A primeira refere-se ao anel viário, que deverá desafogar o tráfego de caminhões pesados da avenida Ranulpho Marques Leal, em Três Lagoas, e o segundo é o da construção do Hospital Regional de Dourados. 

A diferença entre as duas parcerias é que uma é com a iniciativa privada e a outra com a União.

No caso do hospital, o governador bateu às portas do governo federal com o projeto pronto. A parceria formalizada com a Prefeitura de Dourados lastreada em um imenso relatório que fundamenta as razões para que o governo federal seja coparticipante da construção. Nem é preciso dizer que há déficit no atendimento público de saúde na região metropolitana de Dourados, fato que também não dá nenhuma característica particular àquela região.

Azambuja se reuniu com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, para confirmar o repasse de R$ 15 milhões iniciais do convênio para o início das obras. E já engatou conversas para que o governo mantenha parceria para a aquisição de equipamentos e instalação , providencias que asseguram o funcionamento do hospital, aliás, requisitos  bem mais dispendiosos que a sua própria construção. 

Nesta linha, o governador também deverá atuar com relação ao Hospital Regional de Três Lagoas, embora boa parte dos recursos necessários para as obras já tenha sido garantida pelo BNDES. O mais caro, porém, será iniciar com equipamentos e instalações adequadas o funcionamento do hospital. Mas, Azambuja já sabe o caminho para conseguir recursos necessários para isso. 

A segunda parceria com a iniciativa privada visa a elaboração de estudos técnicos para a implantação e pavimentação do anel viário. Juntas, as duas empresas fabricantes de celulose instaladas no município irão desembolsar R$ 3 milhões para a elaboração desse projeto, considerado pouco, diante dos recursos que serão utilizados para sua conclusão. Mas, essa parceria indica um bom sinal de que as empresas reconhecem que a avenida Ranulpho Marques Leal, transformou-se num “corredor de eucaliptos” para levar até elas a sua principal matéria prima . Embora, essa movimentação indique o custo do progresso que a cidade experimenta, também não deixa de representar o impacto que o empreendimento privado causa à cidade . E, por isso, precisa ser mitigado, e os seus custos não podem, certamente, serem bancados somente pelos governos do Estado e da União. Muito menos pela população de Três Lagoas. 

Quanto à sua responsabilidade na estruturação de Três Lagoas para os impactos deste progresso, as empresas já conhecem. A execução do levantamento que dará base ao novo Plano Diretor da cidade, bancada pelo Instituto Votarantim, comprova que a infraestrutura urbana precisa ser aprimorada para se estabelecer a melhoria de índices que atestam a melhoria da qualidade de vida de seus habitantes. 

Com o estabelecimento de parcerias, o Estado dá o primeiro passo para a implantação do anel viário, cujo custo total certamente será bem maior, segundo estimativa do Dnit. Mas, esta é outra etapa da obra, que só será definida depois que o projeto civil estiver concluído.  

As saídas encontradas pelo governo para viabilizar ao menos os primeiros passos desses projetos são, possivelmente, as mesmas que serão usadas, no futuro, em etapas seguintes, quando os hospitais estiverem concluídos e quando o projeto civil do anel viário ficar concluído.